Jogos Olímpicos de Inverno procuram ser mais amigos do ambiente



Os XXIV Jogos Olímpicos de Inverno estão a decorrer desde o dia 4 de fevereiro em Pequim, na China. A organização já tinha anunciado que estes seriam os primeiros Jogos Olímpicos de Inverno neutros em carbono – ou algo muito próximo – graças a diversas medidas aplicadas.

Entre as várias soluções escolhidas para este evento estão são a reutilização de sete instalações dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, realizados na mesma cidade; a utilização de energia de origem renovável, mais especificamente, eólica e solar; o alugar de equipamentos tecnológicos, em vez de os comprar; a aquisição de veículos movidos a eletricidade, hidrogénio e gás natural; e a utilização de sistemas de refrigeração natural de dióxido de carbono (CO2) em quatro locais com gelo. A compensação das emissões também é uma realidade, e pretende ser feita através de projetos de plantação de árvores e da doação de créditos de carbono por parceiros oficiais do evento. Além disso, a redução dos espectadores internacionais devido às restrições da COVID-19 também está a contribuir para a poupança de cerca de 500 mil toneladas de CO2.

Michael Davidson, investigador da Universidade da Califórnia em San Diego, afirma na revista Nature que a pegada de carbono deste evento, de 1,3 milhão de toneladas de dióxido de carbono, é uma gota no oceano em comparação com as emissões anuais do país, mas que demonstra que atividades mais amplas também têm a possibilidade de ser neutras em carbono. Para outros especialistas, embora a organização procure reduzir as emissões, será preciso compensar o equivalente às emissões de 220 mil carros num ano.





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