Entre economia e ambiente, chineses escolhem o segundo
Cerca de 57% dos chineses prefere a protecção do ambiente ao crescimento económico, de acordo com uma pesquisa de 2011 – ou seja, antes do abrandamento económico da China. Segundo a pesquisa da Gallup, apenas um em cada cinco chineses acredita que o crescimento económico é mais importante que o ambiente.
O estudo pesquisou ainda os cidadãos dos outros três BRIC, tendo-se destacado os brasileiros. Assim, 83% dos brasileiros acredita que a protecção ambiental deve ser prioritária, sendo que apenas 7% acha que o crescimento económico é mais importante. Na Rússia, as percentagens ficam-se pelos 60% pró-ambiente e 20% pró-crescimento económico.
Na Índia, curiosamente, os números são mais equilibrados, com 45% dos questionados a preferir o ambiente e 35% o crescimento económico.
O estudo da Gallup analisou mais pormenorizadamente as respostas chinesas e chegou a várias conclusões. Em primeiro lugar, três em quatro chineses (77%) estão satisfeitos com os esforços do Governo em preservar o ambiente.
Quem reside nas áreas urbanas (74%) – o coração da indústria –, porém, está menos satisfeito que os seus compatriotas rurais (80%). Quando o estudo aborda a qualidade do ar, a percentagem cai nas áreas urbanas – apenas 63% da população está satisfeita. Nas áreas rurais, este número sobe para os 87%.
O mesmo para a qualidade da água: 67% da população urbana está satisfeita, contra 78% da população rural.
Finalmente, e em relação a cidades, os residentes em Pequim são os que mais sofrem com a má qualidade do ar (apenas 46% a aprova) e os de Xangai queixam-se da qualidade da água. No geral, os habitantes de Pequim (77%), Xangai (75%) e Guangzhou (66%) são da opinião que a protecção ambiental é prioritária.