Incêndios rurais, inundações e erosão costeira, entre os riscos climáticos da Arrábida
As alterações climáticas vão provocar impactos, a nível global, para o qual os países se devem preparar. Antes da prevenção, é preciso estudar o que de facto pode vir a mudar, e os riscos a que as populações estão expostas.
O Parque Natural da Arrábida, que se estende pelos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra, está a ser alvo de um estudo que identifica as principais zonas de risco climático, no âmbito do projeto PLAAC – Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas. A partir da combinação dos mapas de perigo com um conjunto de elementos tais como edifícios residenciais, alojamentos, população residente, equipamentos estratégicos, rede rodoviária e ferroviária, foram avaliados a exposição e os riscos do território. Segundo os técnicos, destacam-se perigos climáticos como os incêndios rurais e florestais, a erosão hídrica do solo, a erosão costeira e o recuo de arribas, a instabilidade de vertentes, as inundações fluviais e estuarinas, as inundações e galgamentos costeiros, o calor excessivo, as secas e as tempestades de vento.
Os três planos locais que resultarão deste projeto assumem-se como fundamentais para preparar a comunidade para enfrentar os desafios das alterações climáticas, com a definição de medidas para reduzir o risco climático, diminuir os eventuais impactes e promover a sua adaptação. Estes são desenvolvidos em parceria com a ENA – Agência de Ambiente e Energia da Arrábida, promotora do projeto, o IGOT – Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e a NOVA School of Science and Technology da Universidade Nova de Lisboa (FCT NOVA).
O PLAAC-Arrábida materializa um investimento superior a 165 mil euros, financiado a 90% pelo Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono, do Mecanismo Financeiro EEA Grants 2014-2021.