Dia Mundial do Ambiente: portugueses estão a comprar menos para reduzir impacto ambiental
No inquérito efetuado, 68% dos portugueses inquiridos respondem que não comprariam bens a uma empresa que soubessem ser responsável por prejudicar o meio ambiente. Um valor superior à média europeia que se situa nos 52%.
Com 150 países a participar no Dia Mundial do Ambiente, dia a 5 de junho, o programa das Nações Unidas para o Ambiente está a incentivar os governos, organizações e indivíduos a fazerem mudanças para ajudar a proteger o planeta.
Durante um ano de eventos climáticos extremos, incluindo inundações devastadoras na Alemanha e incêndios florestais na Grécia, o estudo da Intrum demostra que, cada vez mais, os consumidores penalizam empresas sem preocupações ambientais.
As empresas enfrentam uma penalização por atrasos de pagamento
De acordo com o estudo da Intrum, três em cada 10 inquiridos (29%) afirmam que não se sentiriam culpados de pagar a uma empresa mais tarde do que o acordado, se considerassem que a empresa não era ética. Em Portugal, a percentagem é mais elevada, registando 32%.
As empresas terão assim, de prestar mais atenção às questões éticas e ambientais, caso queiram manter a lealdade dos clientes e proteger o seu fluxo de caixa.
Os consumidores estão também a virar-se contra o desperdício
A Intrum revela ainda que os consumidores portugueses (68%) criticam o desperdício e afirmam que estão ativamente a comprar menos para reduzir o impacto ambiental. Valor este superior à média europeia (57%).
Para além disso, 69% afirmam comer mais sobras do que era hábito , em vez de comprar novos alimentos, para reduzir o seu impacto sobre o ambiente.
A importância de proteger o ambiente ganhou uma maior dimensão com o impacto da pandemia COVID-19, revelando que 76% dos inquiridos, cada vez mais, consertam e reciclam artigos velhos, em vez de comprar artigos novos.
Ético é igual a caro
Esta é uma boa notícia para o planeta, no entanto, o custo está a atrasar os consumidores – 58% revelam não viver de forma tão sustentável como gostariam, uma vez que os produtos amigos do ambiente possuem um custo muito elevado.
De acordo com o Diretor-geral da Intrum Portugal, Luís Salvaterra, “O ECPR, estudo da Intrum, revela que os consumidores, especialmente a geração mais jovem que está a começar a exercer o seu poder de consumo, define os seus padrões de consumo como forma de fazer pressão em torno das questões climáticas. Ao centrarem-se na sustentabilidade, empresas de todas as dimensões podem equilibrar os seus riscos, manter um fluxo de caixa saudável e estarem mais bem preparadas para prosperar e crescer.”