Três projetos de Oliveira do Hospital aprovados no programa Condomínio de Aldeia



A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, anunciou que vai avançar com três projetos no âmbito do programa Condomínio de Aldeia, contando com um financiamento que ultrapassa os 100 mil euros.

De acordo com uma nota enviada à agência Lusa, a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital informou que viu aprovados três projetos de intervenção apresentados à candidatura “Condomínio de Aldeia: Programa Integrado de Apoio às Aldeias Localizadas em Território de Floresta”, do Fundo Ambiental.

Os três projetos, que visam dar apoio e resiliência às aldeias localizadas em territórios vulneráveis de floresta, contemplam intervenções em Pedras Ruivas (freguesia de Seixo da Beira),Ponte das Três Entradas (freguesia de Aldeia das Dez, União de Freguesias de Penalva de Alva e São Sebastião da Feira, União de Freguesias de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira), e Póvoa das Quartas (União de Freguesias de Lagos da Beira e Lajeosa).

A aprovação destas três candidaturas vai permitir ao Município de Oliveira do Hospital operacionalizar medidas para a “redução dos riscos associados à ocorrência de incêndios rurais, nomeadamente através da transformação da paisagem que garanta a resiliência, a sustentabilidade e a valorização do território empoderando também a comunidade para que se torne mais consciente e resiliente ao fogo”.

No entender do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, estas intervenções protegem as aldeias e são investimentos na sua valorização.

“Tanto mais que só há sustentabilidade nos territórios com aldeias seguras, que são espaços com vida onde vivemos, regressamos permanentemente e recarregamos baterias. Este programa recomenda uma política de valorização de aldeias e traz a possibilidade de contribuir para termos aldeias protegidas, mais resilientes e com futuro, bem como para valorizar os aglomerados rurais do ponto de vista paisagístico e urbanístico, e os seus ativos naturais, patrimoniais e culturais”, acrescentou.

Segundo a autarquia oliveirense, a proposta de intervenção de “Condomínio de Aldeia”, para a gestão e ordenamento da Interface Urbano-Rural do Aglomerado Populacional, tem como objetivo principal “a execução de um conjunto de intervenções de adaptação às alterações climáticas da área envolvente aos aglomerados populacionais, através de ações de reconversão de espaços florestais e espaços agrícolas abandonados, com a criação de mosaicos de paisagem, criação de pomares agrícolas e de frutos silvestres, garantindo deste modo a segurança de pessoas e bens e o fomento da biodiversidade”.

No âmbito da candidatura, são propostas a recuperação dos territórios agrícolas ou agroflorestais abandonados e reconversão dos territórios exclusivamente florestais na envolvente às áreas edificadas para outros usos e atividades, “promovendo uma agricultura de conservação, a instalação de pomares de medronheiro e pinheiro manso bem como de instalação de prados e pastagens, por exemplo, e controlo de espécies exóticas invasoras”.

Para além da formação da comunidade para a gestão do fogo, são ainda indicados métodos alternativos à queima de sobrantes agrícolas e florestais.

“Para o efeito será, por exemplo, possível a aquisição de uma estilhaçadora e ainda de um ecoponto agrícola e florestal para cada uma das três aldeias”, descreveu.

De recordar que no anterior programa, Oliveira do Hospital obteve aprovação de candidaturas para realizar intervenções nas aldeias do Parceiro e da Gramaça, nas freguesias de São Gião e Aldeia das Dez, respetivamente, cujo processo já se encontra concluído.

O programa “Condomínio de Aldeia”, do Fundo Ambiental, é uma medida no âmbito do investimento “Transformação da Paisagem dos Territórios de Floresta Vulneráveis” da “Componente C08 – Floresta” do Plano de Recuperação e Resiliência.





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