Águas do Baixo Mondego e Gândara vai candidatar a apoios europeus projetos de 15 ME



A empresa intermunicipal Águas do Baixo Mondego e Gândara (ABMG), que agrega os municípios de Montemor-o-Velho, Soure e Mira, vai candidatar a apoios comunitários, através do Portugal 2030, projetos que totalizam cerca de 15 milhões de euros (ME).

“Temos neste momento já preparados, prontos a apresentar às autoridades de gestão dos fundos comunitários, projetos na ordem dos 15 ME para os próximos sete anos”, disse ontem, aos jornalistas, o presidente do conselho de administração da ABMG, Mário Jorge Nunes, à margem da visita às obras no reservatório da Lagoa, em Mira.

No que respeita ao programa Portugal 2030, a ABMG já tem finalizados projetos referentes à ampliação da rede de drenagem da Presa e Valeirinha, no concelho de Mira, construção das redes de Carapetos, Chãs, Porto Luzio, Casal da Areia, Casal dos Moutinhos, Ninho de Grou, Casal dos Silvas e Casal Raposo, no município de Montemor-o-Velho, bem como a construção das redes de Simões, Lourenços, Mogadouro, Marco do Sul, a segunda fase da SAR de Almagreira, no concelho de Soure.

A empresa tem mais seis projetos prontos a serem candidatados, que, neste momento, estão em fase de revisão, entre os quais a ampliação da rede do sistema de águas residuais (SAR) da Lagoa, a ampliação da rede SAR de Mira, Portomar, Valeirinha e Presa, a rede de esgotos do Poceirão, a construção das redes de Camparca, Casalinhos e Bairro da Estação, de Casal da Venda, e Vale da Borra, assim como a construção das redes de Ribeira da Mata e Cabeços e a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) Ribeira da Mata.

O custo total dos investimentos, referente a estes projetos no concelho de Soure, Montemor-o-Velho e Mira, ronda os 15 ME.

“Temos 58 milhões [de euros] de investimento inventariado e necessário e no nosso plano de estudos para os próximos 20 anos. […] São aqueles investimentos que sabemos que, feitos hoje, ainda assim, não seriam suficientes, mas é impossível conseguir meios financeiros e um esforço de financiamento que pague estes 58 milhões para a dimensão destes três municípios”, frisou, Mário Jorge Nunes, que também é presidente da Câmara Municipal de Soure.

Durante a manhã de hoje, a AMBG iniciou uma visita na Lagoa, em Mira, de modo a verificar o trabalho desenvolvido nas empreitadas resultantes das candidaturas apresentadas pela empresa, em 2020, no âmbito do Ciclo Urbano da Água.

Estes financiamentos, resultantes dessas candidaturas nos três concelhos, tinham como objetivo investir na proteção do ambiente e promoção da eficiência na utilização de recursos, bem como, no controlo e redução de perdas, num total de 12 ME e uma comparticipação de Fundo de Coesão de quatro milhões de euros.

“As obras estão a decorrer e esperamos que até ao final do ano, para o bem de todos, estejam concluídas”, notou, Mário Jorge Nunes.

A ABMG aprovou, em Assembleia Geral, um orçamento para 2023, no valor de mais de sete milhões de euros e um plano de investimentos de cerca de nove milhões de euros, do qual constam investimentos com recursos a fundos próprios de 1,3 ME.

No que respeita ao caso concreto de Mira, os investimentos resultantes das candidaturas em 2020, totalizam cerca de 3,5 ME.

Relativamente aos futuros investimentos a concretizar em Mira, estão previstas, com fundos próprios, obras no valor de 170 mil euros e ainda projetos, no valor de 8,8 ME, mediante aprovação de cofinanciamento.

A ABMG – Águas do Baixo Mondego e Gândara é uma empresa intermunicipal criada pelos municípios de Mira, de Montemor-o-Velho e de Soure, no distrito de Coimbra, com o objetivo de assegurar o abastecimento de água e o saneamento de águas residuais para um universo de cerca de 30 mil clientes e 53 mil habitantes.





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