IberBlue Wind anuncia primeiro projeto em Portugal para parque eólico offshore flutuante de 990 MW



A IberBlue Wind, joint-venture criada para a promoção de parques eólicos offshore flutuantes na Península Ibérica, anunciou hoje o seu primeiro projeto para Portugal: um parque eólico ao largo da costa da Figueira da Foz. Fonte oficial disse à Green Savers que o investimento estimado é de 2.500 milhões de euros.

Denominado de Botafogo, em homenagem ao galeão português que foi construído no séc.XVI e que ficou conhecido como o navio de guerra mais poderoso do mundo na sua época, o parque eólico ocupará uma área de 359 km2 e terá 55 turbinas eólicas, cada uma com uma capacidade de 18MW, o que perfaz um total de 990 MW de capacidade instalada, que poderão fornecer eletricidade a centenas de milhares de casas, sublinha a joint-venture, em comunicado.

A Figueira da Foz é uma das cinco áreas propostas pelo Governo português para a exploração de energias renováveis no mar e a escolha da IberBlue Wind nesta área justifica-se pela “combinação entre o seu elevado potencial eólico, infraestrutura portuária e baixo impacto sobre outras atividades que decorrem na área envolvente”, explica a mesma fonte.

A joint-venture  acrescenta que a implementação deste projeto “exigirá uma grande colaboração com diferentes stakeholders e, nesse sentido, a IberBlue Wind já iniciou os contactos com os portos, bem como com outras instituições regionais e locais, a fim de reunir todas as contribuições e proporcionar ao projeto a máxima transparência e integração no território”.

O desenvolvimento deste projeto “permitirá a criação de milhares de postos de trabalho, sendo que a grande maioria estará alocada à fase de desenvolvimento e construção do parque eólico, e o resto para a operação e manutenção das turbinas eólicas durante os anos de funcionamento”, revela a mesma fonte.

A IberBlue Wind  diz ainda que o parque eólico offshore Botafogo “será apoiado por plataformas flutuantes ancoradas no fundo do mar, o que permite a sua localização a 30-50 km da costa e reduz consideravelmente o seu impacto visual”. Esta tecnologia “permite que as turbinas eólicas se situem em águas mais profundas, afastadas da costa, o que supera a dificuldade colocadas pela estreiteza da plataforma continental ao largo da Península Ibérica”.

Para Adrián de Andrés, Vice-Presidente da IberBlue Wind, “a Figueira da Foz é uma região com grande potencial. Além do elevado potencial eólico e a infraestrutura portuária existente, situa-se na zona Centro do país, que tem uma procura significativa de energia através de clientes industriais e privados”.

Oportunidades de negócio de 2 GW na Península Ibérica

A IberBlue Wind, joint-venture composta pela empresa irlandesa Simply Blue Group, líder em energia eólica offshore flutuante, e pelas empresas espanholas Proes Consultores e FF New Energy Ventures, empresa promotora de projetos de energias renováveis, tem como objetivo desenvolver pelo menos 2GW de energia eólica offshore na Península Ibérica através de um modelo operacional especializado na promoção de parques eólicos flutuantes de mais de 500 MW.

Além do Botafogo, a IberBlue Wind anunciou já, em novembro do ano passado, um outro projeto em Espanha: o Nao Victoria, localizado no Mar de Alborão, ao largo das costas de Cádis e Málaga, com uma área de 310 km2 e uma capacidade instalada de, também, 990 MW.

A IberBlue Wind está também a trabalhar em paralelo noutros projetos para a Península Ibérica, “que serão anunciados em breve”, conclui.





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