Open House Lisboa 2023 convida a conhecer as muitas vidas dos edifícios



A 12.ª edição do Open House Lisboa regressa nos dias 13 e 14 de maio com mais de 50 projetos que apresentam as diferentes vidas dos edifícios, uma iniciativa do ateliê lisboeta Embaixada, foi ontem anunciado.

O evento, organizado pela Trienal de Arquitetura de Lisboa, apresenta-se este ano pela mão do coletivo Embaixada, habitantes de longa data de Lisboa e Almada.

Fundado em 2002, este ateliê integra pessoas de várias partes do mundo, e cada trabalho é desenvolvido como um protótipo para o futuro, sendo atualmente liderado por Cristina de Mendonça, Nuno Griff e Paulo Albuquerque Goinhas.

A proposta deste ano é “olhar para as arquiteturas que nos rodeiam enquanto entidades vivas, com um antes e depois, refletindo as diferentes fases do ciclo de vida dos edifícios”, referiu o Open House, em comunicado.

Ou seja, o convite é para partir à descoberta do nascimento, vida, morte e renascimento dos edifícios que constroem Lisboa e Almada, porque “não existe maior sustentabilidade do que a renovação cíclica do uso que [se dá] à arquitetura que [é habitada] coletivamente ao longo de séculos”, destaca o Open House no seu ‘site’.

“Esta generosa cadeia de gerações transforma, repara e amplia, acrescentando aos lugares novas camadas de tempo e materiais. A vitalidade urbana é feita da convivência dos diferentes momentos deste fluxo contínuo: Vazio, Construção, Edifício e Ruína. Bairro a bairro, rua a rua, cada parte contribui para um corpo em constante mutação a que chamamos cidade”, acrescenta.

Nesse âmbito, O Open House propõe a visita a mais de 50 projetos, passeios urbanos com quem melhor conhece cada bairro, desafios para crianças e visitas acessíveis sensoriais para pessoas cegas, com baixa visão, ou com deficiência cognitiva, a par de visitas com interpretação em língua gestual portuguesa para pessoas surdas.

Segundo os organizadores, os 372 diferentes projetos que participaram no Open House Lisboa ao longo de todos estes anos, desde 2012, estão agora reunidos num atlas digital, que pode ser consultado em permanência.

A coleção digital inclui ainda todos os espaços visitáveis este ano, entre os quais a Casa Triangular, os Silos Portuários do Beato, o Observatório Astronómico de Lisboa, a Sinagoga de Lisboa, o Teatro Thalia, o Hotel Ritz, Carpintarias de São Lázaro, o MUDE – Museu do Design e da Moda, o Centro Ismaili e o Reservatório da Mãe de Água.

Integrada no conceito de sustentabilidade, também a equipa de voluntariado do Open House Lisboa vai usar este ano coletes produzidos com materiais recicláveis, que podem ser reutilizados em futuras edições, numa criação do ‘designer’ Jorge Moita.

E é sob o mesmo lema que Lisboa acolhe, em dezembro, o primeiro encontro presencial do Open House Europe, um projeto de cooperação financiado pelo programa Europa Criativa da Comissão Europeia, que contará com a participação de doze membros europeus da rede internacional Open House.





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