Reciclagem cresceu 10% em 2022 na Valorsul
A Valorsul, empresa responsável pelo tratamento e valorização de resíduos urbanos nos 19 Municípios da zona de Lisboa e Região Oeste, que serve 1,6 milhões de habitantes, registou em 2022 um crescimento de 10% na recolha seletiva de embalagens (plástico e metal, cartão e vidro), face a 2021, e um decréscimo na receção de resíduos urbanos indiferenciados na ordem dos 8%. “Resultados apenas possíveis graças ao trabalho de cooperação entre municípios e a Valorsul, na sensibilização para a correta separação dos resíduos e na recolha seletiva dos materiais para reciclagem”, sublinha em comunicado.
Segundo a mesma fonte, a receção com origem na recolha seletiva de embalagens (plástico e metal, cartão e vidro) foi de 105 mil toneladas, apresentando um crescimento de 10% face ao ano 2021 (em valor absoluto, aproximadamente mais 9 mil toneladas). A receção de resíduos urbanos indiferenciados nas regiões servidas pela Valorsul teve um decréscimo de 8% face ao mesmo período do ano 2021 (em valor absoluto, aproximadamente menos 57 mil toneladas).
“A maior participação por parte dos cidadãos, as ações dos municípios e o investimento consistente em viaturas, contentores, instalações e educação ambiental, tem permitido à Valorsul aumentar a quantidade de materiais valorizados e encaminhados posteriormente para a indústria recicladora”, salienta.
Tratamento de biorresíduos regista aumento significativo
Os restos alimentares e os resíduos de podas e jardins já representam 26% no global da recolha seletiva da Valorsul, uma tendência que tem vindo a aumentar à medida que os municípios avançam com a recolha seletiva deste fluxo de resíduos. Estes biorresíduos são transformados em corretivos orgânicos, um fertilizante natural utilizado na agricultura. Em 2022, como resultado da valorização de biorresíduos, foram produzidas na Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO), localizada na Amadora, cerca de 1.560 toneladas (número que mais do que duplicou face ao total de toneladas produzidas em 2021 – 679 toneladas no ano anterior) deste produto “tão necessário” aos solos nacionais, que permite reter o carbono nos solos e aumentar a retenção da água das chuvas.
Resíduos geram eletricidade para abastecer quase 70 mil famílias
“Temos a tecnologia e a inovação como base de todos os processos desenvolvidos nas várias unidades da Valorsul (Central de Valorização Energética, Estação de Tratamento e Valorização Orgânica de recolha seletiva de biorresíduos e Aterros Sanitários do Oeste e de Mato da Cruz), o que permite produzir eletricidade a partir dos resíduos comuns e dos biorresíduos. Em 2022, foram exportados para a rede elétrica nacional 254 GWh, o equivalente ao consumo doméstico de quase 70 mil famílias portuguesas”, conclui o comunicado.