Dia Mundial da Água: Três coisas que não podem mesmo ir “por água abaixo”



De toda a água disponível no mundo, menos de 1% é doce e própria para consumo, elevando a importância das práticas de cada consumidor para a preservar. Para alertar para a importância das escolhas e dos hábitos da população nesta missão pela sustentabilidade dos recursos hídricos, a ABA – Associação de Bioenergia Avançada, alerta para três substâncias que deve evitar despejar na canalização de modo a reduzir a poluição.

“Os nossos hábitos de consumo são fundamentais para proteger todo o ecossistema, contribuindo para preservar também a qualidade da água e a vida marinha. Cada um de nós tem um papel fundamental nas suas escolhas de consumo e práticas de separação e reciclagem, essenciais para evitar o descarte incorreto de resíduos nos sistemas de água e canalização e, até, valorizar alguma desta matéria residual promovendo a economia circular, potenciando o seu ciclo de vida ao transformá-la em nova fonte de energia”, afirma Ana Calhôa, Secretária-Geral da ABA, citada em comunicado.

Para fomentar hábitos mais “amigos” do ecossistema, a ABA destaca três substâncias que não se deve descartar na canalização, de modo a ajudar a preservar o meio ambiente e proteger os recursos hídricos de fontes de poluição.

1 | Óleo alimentar usado
Sabia que apenas um litro de óleo alimentar contamina 1 milhão de litros de água? O descarte incorreto deste resíduo é uma fonte de poluição com enorme impacto no ecossistema, poluindo a água e os sistemas de canalização.

Por isso, é recomendável recolher o óleo alimentar usado em garrafas ou recipientes próprios e entregar para reciclagem em pontos específicos ou junto de entidades especializadas nesta operação. Ao entregar este resíduo, é possível contribuir para evitar a poluição da água como ainda a valorizar a matéria residual enquanto matéria-prima para produção de biocombustíveis sustentáveis.

Estes biocombustíveis de resíduos assumem-se como uma forma de evitar o desperdício e descarte incorreto desta matéria enquanto contribuem para a circularidade da economia e para um setor da mobilidade com impacto positivo no ambiente.

2 | Cotonetes, toalhetes e fio dentário
Nenhum produto descartável de higiene deve ser despejado pela canalização. À primeira vista, produtos de pequena dimensão como cotonetes e fio dentário parecem inofensivos quando, na realidade, apresentam uma séria ameaça à rede de saneamento e à poluição da água.

Há componentes e derivados de plástico nestes produtos de higiene que não são biodegradáveis, o que significa que não se dissolvem e causam entupimento na rede de canalização. Além disso, e mesmo após atravessar algumas fases de tratamento, os plásticos e microplásticos degradados acabam por chegar ao oceano, para onde a água tratada é encaminhada, representando uma fonte de poluição para o ecossistema.

Assim, estes produtos devem ser descartados num caixote para serem encaminhados de forma segura e correta para tratamento, evitando assim que impactem o ambiente.

3 | Medicamentos
Segundo um estudo da VALORMED, apenas 42% da população revela fazer a separação de medicamentos fora de prazo. A verdade é que os componentes químicos e sintéticos são fonte de poluição para a água e que comprometem os processos de tratamento de efluentes. Assim, estejam eles dentro ou fora de prazo, os medicamentos não devem ser despejados no cano.

Para isso, é fundamental depositar os medicamentos nos contentores específicos que existem nas farmácias e parafarmácias. Através desta separação, como existe igualmente para embalagens, vidro e cartão, é possível contribuir para a qualidade do ambiente.

A correta recolha e reciclagem de resíduos potencia a preservação do ambiente e o aproveitamento de diferentes matérias, com valor para a economia circular. Com a missão de informar o consumidor e a sociedade para o impacto positivo dos biocombustíveis feitos a partir destes resíduos e outros avançados numa mobilidade mais sustentável, a ABA trabalha junto de entidades, consumidores e operadores para promover a bioenergia avançada como uma resposta acessível, imediata e eficaz na descarbonização, fundamental para o futuro.





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