Universidade da Madeira recorre a ‘drones’ para localizar plantas raras e ameaçadas
A Universidade da Madeira está a desenvolver um projeto de localização de espécies raras e ameaçadas da flora do arquipélago com recurso a ‘drones’, indicou a instituição, referindo que os alunos do mestrado de Biologia Aplicada participam esta segunda-feira nas atividades.
O projeto de localização de plantas com aeronaves não tripuladas – ‘drones’ – decorre de uma parceria entre o Grupo de Botânica da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade da Madeira e o National Tropical Botanical Garden Hawai (EUA), sendo financiado pelo Mohamed Bin Zayed Species Conservation Fund.
Em comunicado, a instituição madeirense refere que na terça-feira, 04 de abril, foi localizada uma nova população de Cheirolophus massonianus, uma planta “endémica, raríssima e ameaçada” do arquipélago da Madeira.
O projeto recorre a ‘drones’ e à georreferenciação das plantas localizadas em ravinas rochosas, de acesso impossível por outros meios, como as falésias do Cabo Girão, na costa oeste da ilha da Madeira, incluídas no sítio de Rede Natura 2000, e conta com o apoio do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN).
De acordo com a Universidade da Madeira, a equipa é constituída por Miguel Menezes de Sequeira, Célia Bairos e Ben Nyberg, piloto e especialista na utilização desta tecnologia e com larga experiência na localização de plantas nas ilhas do Hawai.
Na semana passada, foram feitos “levantamentos detalhados” na Madeira e no Porto Santo, estando agora prevista a participação dos alunos do mestrado em Biologia Aplicada nas atividades agendadas para segunda-feira, 10 de abril, no âmbito de uma aula de campo enquadrada na unidade curricular Conservação da Biodiversidade.
A Universidade da Madeira refere que os resultados do projeto serão partilhados com IFCN de forma a potenciar o conhecimento e atividades de conservação das espécies da flora do arquipélago da Madeira.