Sobe para 31 número de mortos em ataque contra apanhadores de trufas na Síria



O número de mortos num ataque que vitimou apanhadores de trufas, na Síria, subiu para 31 e há pessoas desaparecidas e gravemente feridas, segundo a mais recente atualização.

Depois de ter inicialmente indicado 26 vítimas mortais, o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos avançou que “pelo menos 31 civis e integrantes da milícia pró-governamental Força de Defesa Nacional morreram neste domingo num ataque armado enquanto apanhavam trufas”, na província de Hama, no noroeste da Síria.

A organização não-governamental (ONG), com sede no Reino Unido, mas com uma ampla rede de parceiros no terreno, disse que o ataque, que atribuiu ao grupo terrorista Estado Islâmico, ocorreu na área de Duizen, no leste de Hama.

Pelo menos 19 civis e 12 milicianos foram mortos durante a apanha de trufas neste domingo, segundo o Observatório citado pela agência espanhola Efe.

Aquele organismo observou ainda que o número de vítimas deve aumentar porque há um número desconhecido de pessoas desaparecidas e gravemente feridas.

Este tipo de incidente é comum durante a época da apanha das trufas, uma vez que para obter estes cogumelos silvestres com elevado valor económico, muitos cidadãos entram em áreas onde atuam células do grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico e noutros locais onde existem minas colocadas nas estradas.

Em meados de março, combatentes do Estado Islâmico esfaquearam 15 coletores até à morte em Hama, enquanto o evento mais mortífero da temporada ocorreu em meados de fevereiro em Homs, no centro da Síria, onde 68 pessoas foram mortas a tiro enquanto procuravam trufas.

Ainda durante março, há relatos de que 15 pessoas foram esfaqueadas até à morte, em Hama, numa área deserta da cidade de Salamiya.

O quilo de trufas é vendido na Síria pelo equivalente a cerca de 10 dólares e o preço pode ultrapassar os 24 dólares na capital, segundo dados do Observatório.

A Síria está mergulhada numa grave crise económica e cerca de 90% da população vive abaixo da linha da pobreza, num momento em que o país também vive a pior crise humanitária desde o início do conflito armado há quase 12 anos.





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