Campus do ISEG acolhe minifloresta urbana no centro de Lisboa



O ISEG – Lisbon School of Economics & Management vai lançar, no próximo mês de setembro, o processo participativo para a criação e manutenção de uma minifloresta urbana no seu campus, um empreendimento ecológico que pretende ser um laboratório vivo e participativo desde o planeamento e projeto, até à implementação, cuidado e fruição. A iniciativa “visa aproximar a natureza das pessoas, melhorar a qualidade do ar e da água, proporcionar habitat à vida selvagem e contribuir para a mitigação das alterações climáticas”, sublinha em comunicado.

Segundo a mesma fonte, com financiamento do ISEG e apoio do ISEG Sustainability, a iniciativa decorre no âmbito do projeto de investigação TERRARE: investigação-ação para a regeneração eco social, coordenado por Oriana Rainho Brás, investigadora do SOCIUS/CSG (Investigação em Ciências Sociais e Gestão), em parceria com a FCUL – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, pioneira na criação de miniflorestas urbanas em Portugal, e com a Valorsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, que fornecerá o composto orgânico para enriquecimento do solo.

“Ao criarmos uma minifloresta no ISEG pretendemos contribuir para a preservação da biodiversidade e para a educação ambiental. Este projeto tem também uma vertente social com o objetivo de potenciar a colaboração envolvendo estudantes, professores e funcionários, e promover o sentido de responsabilidade para com o meio ambiente. Será um espaço para as pessoas, onde poderão reunir-se, aprender e trabalhar em prol do bem comum.”, afirma Winne Picoto, Vice-presidente do ISEG com o pelouro da Sustentabilidade, citado em comunicado.

O projeto vai explorar o potencial das florestas urbanas e seu impacto positivo nos ambientes urbanos, através do conceito inovador de Tiny Forests do biólogo Akira Miyawaki. O método Miyawaki é uma técnica de arborização de ponta que segue os princípios da sucessão natural, através da plantação densa de espécies autóctones (nativas) em áreas urbanas, permitindo o seu rápido crescimento em pequenos lotes de terra até 300m². O modelo de tiny florest traz diversos benefícios, como a diversificação da fauna e da flora locais, absorção de carbono, fixação de água, regulação térmica e regeneração do solo.

“O projeto TERRARE cresce a partir de três raízes: a enorme urgência ecológica de plantar árvores, a perceção de que os problemas ecológicos são também sociais e económicos e que é integrando todas as suas dimensões que os poderemos resolver e, por fim, a crescente evidência de que a extensão dos danos ao planeta é de tal ordem que não chega travá-los, é necessário regenerar, reconstruir os nossos habitats para uma vida melhor para todos os seres.”, explica a investigadora Oriana Rainho Brás, responsável pelo projeto. “A universidade tem o potencial enorme de juntar pessoas, criar ideias e sinergias, compreender mundos, e reservar tempo para refletir sobre a ação, e é por isso que criar uma minifloresta no e pelo ISEG enquanto refletimos sobre todo o processo, nos parece uma ideia que vale a pena plantar. Convidamos toda a comunidade universitária, residentes do bairro e pessoas interessadas a juntarem-se a nós para oferecermo-nos uma pequena floresta”, acrescenta.

O arranque do projeto acontece já este verão com a cobertura do terreno escolhido para a minifloresta, junto à biblioteca Francisco Pereira de Moura, nas traseiras do Edifício Francesinhas I. Esta metodologia será aplicada para eliminar as ervas invasoras sem danificar a camada superficial do solo, para que esteja preparada para a plantação. Em setembro arrancam grande parte das atividades e, ao longo dos meses do outono e do inverno de 2023, serão realizadas oficinas eco sociais para envolver a comunidade universitária e desenvolver o conhecimento necessário à criação e manutenção da minifloresta, conclui a nota.





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...