Desflorestação na Amazónia colombiana cai 70% entre janeiro e setembro
Estima-se que a desflorestação da Amazónia dentro das fronteiras da Colômbia tenha reduzido 70% entre janeiro e setembro deste ano, face ao mesmo período de 2022, de 59.345 hectares para 17.909.
Os números foram comunicados esta terça-feira pela ministra colombiana do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Susana Muhamad, com base em dados do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais do país (Ideam).
Ainda assim, a governante alertou que estes são valores preliminares, que “indicam uma tendência, não são dados oficiais”. Embora reconheça que é algo que permite vislumbrar um raio de esperança no combate à perda da floresta tropical, admitiu que “não queremos ser triunfalistas, nem comunicar que aqui vamos ganhando a batalha contra a desflorestação”.
Quanto ao último trimestre deste ano, a ministra aconselhou prudência, indicando que dois fatores podem vir a aumentar as perdas na Amazónia colombiana: a seca causada pelos efeitos do El Niño e a deterioração das negociações de paz entre o governo e o grupo armado Estado Mayor Central (EMC). Esse grupo ocupa territórios na Amazónia e não se juntou ao acordo de paz assinado em 2016 entre as FARC e o governo colombiano.
“O último trimestre é absolutamente fundamental e pode mudar os números totais”, afirmou a ministra, que acrescentou que a redução da desflorestação terá sido impulsionada pelo programa do governo colombiano para financiar as comunidades locais que conservem a floresta, bem como pelo reforço do combate aos crimes ambientais na região.