Governo lança grupo de trabalho sobre matérias-primas e pede envolvimento das comunidades



O Governo participou ontem, através dos ministros do Ambiente e Energia e da Economia, na primeira reunião do grupo de trabalho sobre matérias-primas, tendo a ministra com a primeira pasta sublinhado a necessidade do envolvimento das comunidades locais.

“Lançamos este grupo de trabalho que envolve 13 instituições da administração pública e empresas públicas que trabalharam em conjunto e que vão olhar para desde o levantamento dos recursos, a prospeção, a valorização, toda a cadeia de valor e também a parte da reciclagem”, disse a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, em conferência de imprensa, em Lisboa.

Ao lado do ministro da Economia, Pedro Reis, Maria da Graça Carvalho explicou que as tarefas deste grupo de trabalho passam pelo planeamento, pela verificação da legislação nacional “que é preciso adaptar” e pelo levantamento dos recursos e das empresas que necessitam destes recursos, de forma a apoiar “a valorização do país”.

A governante insistiu que é preciso “um grande envolvimento das comunidades locais”.

“É preciso um grande envolvimento das comunidades locais, não só na decisão, mas também em ter benefícios, no valor acrescentado, que as populações queiram ter estas explorações nas suas localidades”, afirmou.

Segundo a ministra, a abertura das comunidades à exploração destas matérias-primas traduz-se em maior crescimento das regiões através do aumento do emprego e da valorização dos seus territórios.

Maria da Graça Carvalho apontou ainda que as empresas devem ser elevadores para as populações e que as transições digital e verde só funcionarão se as pessoas estiverem “envolvidas com entusiasmo”.

Na opinião da ministra, as matérias-primas podem ser um fator de atração de indústria para Portugal e para a criação de uma cadeia de valor.

Na sua intervenção, Pedro Reis apontou que a agenda concertada entre energia e economia é determinante “porque não há economia sem energia e não há futuro sem ambiente”.

A ideia passa por três eixos estratégicos: a reindustrialização do país, a atração de investimento estrangeiro e a conciliação entre sustentabilidade e agilidade.

Para o ministro da Economia, estes recursos, que antes eram vistos como potenciais constrangimentos, hoje são “quase um privilégio”.

“Com investimentos sustentáveis vem emprego direto e indireto, vêm polos tecnológicos e vêm vias logísticas e rodoviárias, vem desenvolvimento e vem vida para estas comunidades. É também muito por isso que é do interesse nacional e da economia”, insistiu.





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