Quando os glaciares derretem, surge uma nova vida



Quando os glaciares derretem, a vida desloca-se rapidamente para o novo espaço disponível nas rochas nuas e nos sedimentos.

Autores neozelandeses, australianos e internacionais estudaram 46 glaciares em cinco continentes, incluindo o Franz Josef/Kā Roimata o Hine Hukatere da Aotearoa, e descobriram padrões comuns na forma como o ambiente se alterou após a perda de gelo.

A fertilidade do solo e os microrganismos “aumentam rapidamente graças às temperaturas mais quentes”. Depois, com o passar do tempo, o solo “torna-se mais ácido e o aumento do crescimento das plantas ajuda os animais a estabelecerem-se”, explicam.

Estas relações entre a temperatura, o tempo, os solos e as formas de vida “são importantes para compreender a forma como os ecossistemas se alteram e as espécies exóticas se propagam à medida que as alterações climáticas provocam o recuo de cada vez mais glaciares”, acrescentam.

“O recuo dos glaciares é um dos sinais mais evidentes das alterações climáticas. Em todo o mundo, desde os Alpes até ao Ártico, os glaciares estão a diminuir, deixando áreas cada vez maiores expostas, tanto nas regiões montanhosas como em redor das calotes polares. Se o ritmo atual de recuo se mantiver, no final do século, a área deixada a descoberto pelos glaciares em todo o mundo poderá ser equivalente a toda a superfície de Itália. Compreender o que acontece a estas áreas e como os organismos as colonizam é crucial para as gerir face às rápidas mudanças que se avizinham”, sublinha Levan Tielidze, um dos autores do estudo.

 





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