Oito (outras) consequências do aquecimento global



À medida que o aquecimento global revela a sua dimensão inicial, vários cientistas trabalham para perceber algumas das consequências, digamos, paralelas, do aquecimento global. A revista brasileira Exame compilou algumas das consequências “bizarras” do aquecimento global – algumas delas, de resto, já aqui tínhamos tratado.

1.Peixes mais pequenos

Um estudo do Centro de Pesca da Universidade da Columbia Britânica, em Vancouver (Canadá), afirma que os peixes ficarão com menos oxigénio na água e, assim, mais pequenos. O Oceano Índico será o mais afectado (24%), seguido do Atlântico (20%) e Pacífico (14%). O estudo foi publicado pela revista Nature Climate Change.

2.Heroína mais potente

O aumento das concentrações de dióxido de carbono terá um efeito drástico na potência do ópio, extraído das papoilas, de acordo com um estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O que pode representar drogas como a heroína mais potentes.

3.Mais e mais alergias

Não seria preciso a Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, prever uma maior incidência nos casos alérgicos, devido ao aumento das temperaturas. Quem sofre com alergias respiratórias e asma já sente, há alguns anos, a deterioração da sua condição.

4.Adeus, Whisky

Já se sabe há algum tempo: a Escócia vai sentir na pele o impacto das alterações climáticas num negócio que domina globalmente, a produção de whisky. A falta de qualidade dos cereais – sobretudo o malte – e as cheias nas regiões produtoras deverá tornar o whisky, juntamente com o chocolate, num bem mais escasso.

5.Adeus presunto, bacon, salsichas

O alerta é da Associação Nacional de Porcos da Grã-Bretanha: em 2013, o bacon, salsicha, presunto e torresmo correm risco de deixar a prateleira dos supermercados. O perigo de extinção dos alimentos derivados do porco tem como pano de fundo as fortes secas sentidas nos Estados Unidos, por exemplo.

6.Pedra nos rins

Segundo um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, o aumento das temperaturas no planeta pode influenciar a formação de pedra nos rins. O estudo diz que haverá 2,2 milhões de pessoas a sofrer com a doença até 2050, 30% a mais que os casos de hoje. A explicação é que as temperaturas elevadas podem intensificar a desidratação, apontada como um dos principais factores de risco para o surgimento de pedras nos rins, uma vez que o baixo volume de urina leva a concentração de sais que formam os cristais.

7.Céu a cair

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, analisou a variação da altura das nuvens na última década, a partir de imagens captadas por satélites da NASA. A altura média global das nuvens diminuiu de 30 a 40 metros entre Março de 2000 e Fevereiro de 2010, o que equivale a 1% de sua altura tradicional.

Segundo o estudo, publicado na revista Geophysical Research Letters, a diferença é resultado de uma redução na formação de nuvens em altitudes elevadas. Os cientistas não sabem ao certo quais são as causas dessa baixa, mas especulam que a mudança seja uma reposta ao aquecimento do planeta.

8.Espécies sem rumo

Durante vinte anos, os pesquisadores europeus têm estudado o movimento de populações de aves e borboletas no continente, tendo em conta as cada vez maiores mudanças no clima. Os resultados são preocupantes: os animais não conseguem migrar na velocidade necessária para os habitats com condições propícias para alimentação e procriação e correm riscos de desaparecer, ao se concentrarem em regiões com climas mais hostis.





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