SMAS de Viseu alerta para falsas análises domiciliárias à água



Os Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS) de Viseu alertaram hoje para a possibilidade de os munícipes receberem telefonemas com intuito de agendar análises à qualidade da água nos seus domicílios, serviço que afirma não fazer.

Numa nota de imprensa, o serviço municipal indica que “alguns consumidores” informaram que “existe um contacto telefónico em nome dos SMAS – Águas de Viseu, para agendar uma data para visita às suas habitações a fim de prestarem esclarecimentos sobre a qualidade da água”.

Depois, continua o documento, “quando as visitas se concretizaram, terminaram com a tentativa de venda de aparelhos para colocar nas torneiras, como filtros”, por exemplo.

“Informa-se que não se realizam análises nas residências dos utentes”, sublinha o SMAS na nota de imprensa.

Neste sentido, refere que, “pontualmente, são efetuadas recolhas de amostras de água a residências, sendo este serviço previamente solicitado e sempre dentro do horário de trabalho por um técnico identificado”.

De acordo com o comunicado da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas, citada pelo SMAS, “o apelo à saúde dos consumidores é um dos pontos fortes da ação destas empresas, e para isso realizam experiências e testes que induzem a ideia de que a água distribuída é de má qualidade”.

Uma das experiências “normalmente efetuadas” pelas pessoas que visitam as residências, diz o SMAS, “é a do eletrólise da água da torneira (processo de separação dos elementos químicos presentes na água através da corrente elétrica)”.

“Importa realçar que a água da torneira e destinada ao consumo humano é uma água natural tratada, mineralizada e equilibrada, que contém sais dissolvidos em quantidades que são essenciais à saúde, tais como cálcio, ferro, magnésio, sódio e potássio”, destaca a entidade municipal.

Deste modo, continua, “a experiência acima referida origina uma camada castanha na superfície da água, devido à separação dos diferentes elementos químicos naturalmente presentes na água”.

“Regra geral, esses aparelhos recorrem a processos de osmose inversa ou de permuta iónica, que retiram os sais dissolvidos, pelo que quando ocorre a eletrólise dessa água, não se forma a referida camada à superfície”, indica o SMAS.

Assim, “tendo em conta os fundamentos técnicos e a relevância desta matéria no âmbito da saúde pública, é fundamental esclarecer os consumidores que a água resultante da passagem por estes aparelhos é uma água com carência em sais minerais dissolvidos e não aconselhável ao consumo humano”, alerta o SMAS.

“Os SMAS de Viseu asseguram a qualidade da água que fornecem, garantindo que a água da rede pública no concelho não necessita de qualquer tratamento adicional sendo devidamente controlada e adequada para consumo humano”, assegura.

A este propósito refere que, no último ano avaliado, “os SMAS de Viseu receberam o Selo da Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano, atribuído pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos de Portugal (ERSAR)”.





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