Governo tem 3 ME para ‘start up’ de investigação e inovação agrícola



O ministro da Agricultura e Pescas anunciou ontem que o Governo vai ter três milhões de euros (3 ME) para criação de ‘start up’ nas áreas da investigação e inovação agrícola.

“Nós vamos ter 3 ME para ‘start up’ e cada ‘start up’ com 30 mil euros para avançar, para fomentarmos precisamente esta investigação e esta inovação. Vamos desafiar a Confagri também para acarinhar, para sugerir, para mostrar falhas que existem em termos digitais ou de outra natureza, ou aplicações, que possam ter estas ‘start up’ e esta inovação”, anunciou hoje o ministro José Manuel Fernandes.

O ministro falava perante uma plateia com mais de 600 profissionais, no encontro nacional de técnicos da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri) que iniciou hoje e termina na quinta-feira, numa unidade hoteleira de Mortágua, no distrito de Viseu.

O presidente da Confagri, Idalino Leão, que disse que era o encontro com “mais participantes de sempre” pediu ao governante “muito mais investimento, dois pilares da PAC [Política de Agricultura Comum], porque agora é hora de ações concretas”.

Durante pouco mais de 20 minutos, o ministro apresentou o trabalho que tem feito, desde que tomou posse, há 11 meses, tanto no Governo como em Bruxelas, e destacou a alteração à legislação realizada no âmbito dos programas operacionais regionais.

“Pela primeira vez, o ministro da Coesão e o ministro da Agricultura estarão em pé de igualdade na elaboração desses programas operacionais regionais. Tal nunca aconteceu”, destacou.

Neste sentido, disse ainda que “só um próximo ministro ou ministra muito fraquinho ou tonto é que não vai exigir que o programa operacional regional tenha montantes para a agricultura e para, obviamente, o desenvolvimento rural”.

José Manuel Fernandes disse que “está a fazer caminho” uma série de projetos que tem em mãos ligados à agricultura e, entre eles, “os dois pilares – do rendimento e do investimento – , da PAC, contrariamente ao que a Europa aprovou e que a França agora também quer”.

A questão da sanidade animal, “porque é inaceitável os cortes que foram feitos” e na investigação “que deve ser comum para a produção de vacinas e medicamentos” para o problema da ‘língua azul’, por exemplo. “Não é só ter programas, é preciso ter indústria para isso”.

No dia de ontem a Confragri atribuiu também os prémios Mérito 2024. A Associação de Agricultores para Valorizar o Futuro – Agriguturo conquistou o primeiro lugar na categoria de entidades Crescimento iSIP (Sistema de Identificação Parcelar Agrícola).

Enquanto na categoria nacional Crescimento PU (Pedido Único) foi atribuído à Cooperativa Agrícola de Agricultores do Concelho de Seia, no distrito da Guarda.

Na categoria Quantidade PU destinada a técnicos, a nível nacional, a vencedora foi Maria Salomé Marques do Espírito Santo Henriques Vaz de Carvalho, da Associação de Desenvolvimento Integrado do Vale do Távora (ADIVAT).

Na categoria Quantidade PU, destinado a entidades, também a nível nacional, o primeiro prémio foi atribuído à Associação Agricultores de Trás-os-Montes (AATM).

A Confagri atribuiu ainda nas mesmas categorias o prémio Mérito 2024 à melhor entidade e técnico de cada um dos 18 distritos de Portugal continental.





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