Estratégia quer caminhar para a uniformização tarifária da água no país

O coordenador do grupo de trabalho da estratégia nacional da água afirmou hoje, em Coimbra, que vai ser estudado um caminho para uma uniformização tarifária dos sistemas em alta em Portugal.
“Estamos empenhados em estudar, como é ambição de muitas câmaras e entidades, o caminho para uma tendência de uniformização tarifária dos sistemas em alta em Portugal”, afirmou hoje o presidente do grupo Águas de Portugal, Carmona Rodrigues, que coordenou o grupo de trabalho da estratégia nacional “Água que Une”, apresentada hoje em Coimbra, num evento que contou com a participação do primeiro-ministro.
Segundo Carmona Rodrigues, está “na altura de dar o passo nesse sentido”, que foi estudado há já alguns anos, mas que não se conseguiu implementar.
“Achamos que assiste esse propósito e estou em crer que todos os portugueses o entenderão”, disse.
Durante a sua intervenção sobre a estratégia, que inclui 294 medidas, Carmona Rodrigues vincou que o programa prevê uma aposta em várias áreas da gestão e abastecimento da água, seja no aumento das capacidades, mas também num aumento da eficiência, com redução de perdas.
A ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, também presente, realçou que “parecia existir a ilusão de que as questões da água estavam resolvidas”, mas que há “fortes assimetrias” na disponibilidade de água no país, que o documento também procura resolver.
Já o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, destacou o “trabalho exaustivo” do grupo de trabalho feito “num curto espaço de tempo”, que produziu uma “estratégia conciliadora”, que junta o combate às alterações climáticas com preocupações associadas ao setor agropecuário.
“Finalmente, temos uma ministra [do Ambiente] em que a agricultura e os agricultores não são vistos como inimigos do ambiente e que têm de andar de mãos dadas. Os agricultores são os maiores defensores do ambiente e não os vilões que tentaram colar à sua ação”, disse.
Para José Manuel Fernandes, a estratégia permite também “criar riqueza, trazer coesão territorial e dar previsibilidade e estabilidade”, conciliando grandes investimentos com outros mais pequenos.