EDP assina compromisso de reforço da transição energética no Brasil em ano de COP30



A EDP assinou um compromisso para o reforço dos esforços na transição energética no Brasil e no combate às alterações climáticas, num ano em que o país acolhe a Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP30).

A carta de intenções foi assinada na quinta-feira entre o presidente executivo da EDP para a América do Sul, João Marques da Cruz, e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que lidera o consórcio dos governadores para a ação climática e líder do estado no qual a EDP gere a concessão de prestação de serviços públicos de energia elétrica.

“Isto, na prática, é um ato simbólico, conta pelo simbolismo do nosso engajamento e comprometimento com o país”, disse à Lusa João Marques da Cruz, referindo-se à carta de intenções que assume o compromisso da empresa em apoiar os esforços para a descarbonização da economia, promoção da transição energética e soluções para enfrentar as alterações climáticas.

Globalmente, a EDP aumentou a produção de eletricidade em 2% em 2024, face ao ano anterior, com as energias renováveis a representarem mais de 95% do total da energia.

À margem do evento “EDP na COP – Do Espírito Santo ao Pará”, estado amazónico que acolhe a COP30, o responsável português reforçou que no Brasil e no resto América do Sul toda a energia gerada pela EDP provém de energia limpa.

Também presente no evento, o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, enalteceu à Lusa a COP30 e o “dossier das alterações climáticas que podem ser muito exemplares na cooperação entre Portugal e o Brasil”.

No Brasil, a EDP oferece soluções energéticas para empresas, como energia solar e venda de eletricidade no mercado livre. Também assegura a distribuição de energia a cerca de 3,8 milhões de clientes nos estados de São Paulo e Espírito Santo.

O Brasil preside este ano à COP30, num momento crucial para garantir medidas concretas para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, estabelecido no Acordo de Paris em 2015.

O acordo prevê uma série de metas para a redução de emissões de gases com efeito de estufa, cuja implementação tem sofrido atrasos e resistências, ao mesmo tempo que o aquecimento global avança.

Em janeiro, o centro europeu Copernicus informou que o ano de 2024 foi o mais quente da história e o primeiro a ultrapassar a marca de 1,5 graus Celsius de aumento na temperatura média da Terra face aos níveis pré-industriais.

A COP30 no Brasil terá de resolver questões relativas ao financiamento aos países em desenvolvimento que ainda estão pendentes e que, segundo especialistas de todo o mundo, se tornarão mais difíceis já que o atual Presidente norte-americano, Donald Trump, retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris num dos primeiros atos administrativos que assinou depois da tomada de posse, como já havia feito em 2017, durante o primeiro mandato.

A cimeira de líderes da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), na cidade amazónica de Belém, foi antecipada para 06 e 07 de novembro para atenuar a pressão hoteleira.

A restante conferência, como programado, acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro.






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