Reparar é o statement sustentável de que o nosso planeta precisa

Vivemos numa era de constante renovação tecnológica, onde o ritmo acelerado da inovação leva muitos consumidores a substituir os seus dispositivos antes do fim da sua vida útil. Este comportamento tem contribuído para um problema crescente: o lixo eletrónico.
De acordo com o Global E-Waste Monitor 2024, o mundo produziu 62 milhões de toneladas de resíduos eletrónicos em 2022 — um aumento de 82% face a 2010. Pior ainda, menos de um quarto (22,3%) desse total foi reciclado de forma adequada. A projeção para 2030 é preocupante: estima-se que o volume atinja os 82 milhões de toneladas, crescendo cinco vezes mais rápido do que a taxa de reciclagem formal.
O impacto dos dispositivos pessoais no ambiente
Os dispositivos móveis, incluindo smartphones e smartwatches, estão entre os principais contribuintes para este problema. A maior parte das emissões de carbono associadas a estes equipamentos ocorre durante o seu fabrico. Isso significa que cada vez que trocamos um dispositivo que ainda poderia ser reparado, estamos a contribuir para um ciclo insustentável de extração de recursos e emissões desnecessárias.
O exemplo prático: reparar ecrãs de smartwatches
Um dos exemplos mais comuns de avarias em dispositivos modernos é a quebra do ecrã — especialmente nos Apple Watch, que devido ao uso diário e exposição constante, estão sujeitos a impactos e riscos. Em vez de substituir o dispositivo inteiro, a reparação do ecrã é uma solução simples, eficaz e muito mais sustentável.
Ao optar por reparar um Apple Watch em vez de o substituir, prolonga-se o seu ciclo de vida em mais 3 ou 4 anos e evita-se, desta forma, que mais um dispositivo funcional acabe num aterro. Além disso, evita-se a produção de um novo equipamento e todas as emissões e consumo de recursos que isso implica. É uma escolha que beneficia o utilizador e o planeta.
Um direito (finalmente) protegido: “Right to Repair” na Europa
O Parlamento Europeu deu recentemente um passo decisivo ao aprovar a nova diretiva sobre o “Direito à Reparação”, que visa tornar a reparação mais acessível, transparente e economicamente viável para os consumidores. A legislação obriga os fabricantes a disponibilizar peças sobressalentes e informações técnicas por um período mais alargado, incentivando assim a reparação em vez da substituição.
Isto representa uma mudança de paradigma: em vez de incentivar o consumo contínuo, a União Europeia aposta numa economia mais circular e responsável. Com esta legislação, reparar ecrãs de Apple Watch — ou qualquer outro componente de dispositivos móveis — deixa de ser uma solução de nicho e passa a ser uma escolha inteligente e apoiada legalmente.
Reparar é a tendência consciente e ecológica
A transição para uma economia circular exige pequenas grandes decisões no nosso dia a dia. Ao escolher reparar um ecrã em vez de comprar um novo dispositivo, estamos a dar um passo concreto na direção certa. Na iServices, uma reparação é feita na hora, por técnicos especializados e tem garantia. Esta é uma oportunidade para as marcas, os profissionais e os consumidores se unirem em torno de uma causa comum: prolongar a vida dos produtos e reduzir o impacto ambiental.
Afinal, a inovação não tem de significar desperdício — pode (e deve) significar responsabilidade.