Inaugurada nova ETAR do Funchal que representou investimento de 17,5 ME



A Câmara Municipal do Funchal, na Madeira, inaugurou sexta-feira a nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), na zona do Lazareto, que representou um investimento de 17,5 milhões de euros.

A obra, que sofreu sucessivos atrasos, foi dividida em duas fases e contou com financiamentos europeus que totalizaram cerca de 65% do valor total e com um investimento de cerca de três milhões de euros por parte do Governo Regional (PSD/CDS-PP), através da celebração de um contrato-programa.

Na cerimónia de inauguração da nova ETAR, a presidente da Câmara funchalense, liderada pela coligação PSD/CDS-PP, realçou que está em causa “a maior obra do município do Funchal de todos os tempos”, que “cumpre escrupulosamente com as exigências ambientais e europeias”.

Cristina Pedra acrescentou que a infraestrutura “é um pilar para o desenvolvimento sustentável do Funchal, da região e de Portugal”, apontando que contribui para proteger o ecossistema marinho e “assegura condições sanitárias de exceção”.

A presidente da autarquia salientou que a empreitada sofreu atrasos “inadmissíveis” e “incompreensíveis”, atribuindo-os ao anterior executivo do município, chefiado pela coligação Confiança, liderada pelo PS.

Quando o atual executivo tomou posse em 2021, contou a autarca, deparou-se com um projeto de 2018, “que nunca tinha sido atualizado”, e com o facto de a anterior liderança da Câmara não ter feito as expropriações necessárias.

“Tudo fizemos em tempo recorde”, congratulou-se, referindo que o seu executivo tratou “das diversas fontes de financiamento” e lançou os concursos públicos.

Cristina Pedra destacou também que a obra, que durou 920 dias, foi complexa do ponto de vista da execução, atendendo à difícil localização.

A presidente do município enalteceu ainda o trabalho do seu antecessor no cargo, Pedro Calado, que marcou presença hoje na cerimónia de inauguração.

Pedro Calado tomou posse em 2021 como presidente da autarquia, mas acabou por renunciar ao cargo em janeiro do ano passado, após ter sido constituído arguido num processo judicial sobre suspeitas de corrupção.

Por seu turno, o presidente do Governo Regional da Madeira, o social-democrata Miguel Albuquerque, disse que esta é uma obra de “alta engenharia” e que “marca indiscutivelmente” o mandato de Cristina Pedra.

Albuquerque acrescentou ainda que obras deste teor “não são muito apetecíveis para os populistas do ganho imediato”, pelo que “há políticos que fazem e políticos que não fazem”.






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