EDP Renováveis vende parques eólicos na Grécia avaliados em 200ME
A EDP Renováveis fechou um acordo com a empresa Principia para vender quatro parques eólicos que explora na Grécia, avaliados em 200 milhões de euros, informou ontem a elétrica.
Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP adianta que a subsidiária EDP Renováveis “assinou um acordo de compra e venda com a Principia, uma sociedade detida pela Enel SpA e por fundos geridos pela Macquarie Asset Management, para a venda da participação acionista de 100% num portefólio eólico de 150 MW na Grécia, por um ‘enterprise value’ [valor do ativo] estimado de 0,2 mil milhões de euros”.
Como a transação ainda está sujeita a “condições suspensivas, regulatórias e outras condições habituais para uma transação desta natureza”, o negócio ainda não está concluído, prevendo a EDP que tal aconteça “durante o ano de 2025”.
O grupo refere que, com esta operação, a EDP Renováveis “já assegurou aproximadamente 0,7 mil milhões de euros dos cerca de dois mil milhões de euros de objetivo de proveitos de rotação de ativos para 2025”.
Na Grécia, a atividade da Principia inclui quatro parques eólicos que, refere a EDP, têm “uma vida média de aproximadamente 1,5 anos”, com contratos por diferença “por um período de 20 anos”.
A venda da posição da operação na Grécia foi comunicada à CMVM no mesmo dia em que a EDP Renováveis apresentou os resultados do primeiro semestre.
De janeiro a junho, a empresa obteve lucros de 93 milhões de euros, menos 56% do que nos primeiros seis meses do ano passado, registando uma diferença de 210 milhões.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) foi de 948 milhões nos primeiros seis meses, face aos 960 milhões alcançados no mesmo período do ano passado.
As receitas aumentaram 18% em termos homólogos para 1.424 milhões de euros, beneficiando do crescimento de 2% nas vendas de eletricidade, para 1.162 milhões, e do aumento de 77 milhões nos proveitos de parcerias institucionais.
A EDP detém 71,3% do capital da EDP Renováveis. A gestora de investimentos norte-americana BlackRock detém 4,4%, o fundo soberano de Singapura GIC tem uma participação de 4,3% e os restantes 19,9% são detidos por outros acionistas com posições reduzidas, estando a empresa cotada na Bolsa de Lisboa.