Unicef processada por exploração e manipulação de imagens de crianças



Um advogado liberiano, em defesa de um grupo de jovens, anunciou ter apresentado uma acção judicial contra a Unicef. O cliente de Sayma Serinius Cephus acusa o organismo internacional de alegada exploração e manipulação de crianças liberianas na produção de um filme em 1997.

O advogado disse em comunicado que a Unicef decidiu produzir um filme com fins comerciais mas que, numa “ganância insaciável” de lucro, decidiu esconder a acção dos actores inocentes, evitando pagar-lhes a justa compensação pela participação no mesmo. Ele alega ainda que a presença no filme causou tristeza e estigmatização para as crianças envolvidas.

Cephus argumentou que, se o filme era de caridade, como a Unicef levou as crianças participantes a acreditar, então não devia ter sido colocado à venda de forma global. Afirma que foi puramente graças a um “acto de Deus” que o seu cliente descobriu o cartaz de promoção do filme o ano passado, com a sua própria fotografia, no site da Unicef, onde parece ter estado durante mais de 15 anos.

De acordo com o All Africa, o advogado defende que a situação não pode passar impune e exige uma indemnização no valor de cerca de €19,2 milhões.

No entanto, acrescenta: “Acreditamos que a própria ideia de uma organização respeitável se sentar no banco dos réus, acusada de explorar as crianças que estava encarregue de proteger e promover, é uma punição por si só”.

A acção foi apresentada num tribunal nigeriano.





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