Associação Primeiro Passo apoia projectos de auto-sustentabilidade em Moçambique



Inaugurada há cerca de um mês, a associação Primeiro Passo já consegue ver alguns dos seus esforços serem canalizados para projectos de geração de rendimento em Moçambique. É disso exemplo o Projecto Máquinas de Costura, que começa a dar os seus primeiros frutos.

Depois de ter estado três meses – Janeiro a Março de 2010 – a trabalhar como voluntária em Chibuto, em Moçambique, Clara Faria Piçarra decidiu criar a associação Primeiro Passo, tendo como objectivo apoiar – até 500 euros – projectos de geração de rendimento que melhorem as condições de vida de pessoas desfavorecidas – individuais e associais – e promovam a sua auto-sustentabilidade.

“Tudo começou após um mês de conversas, a conhecer a realidade, as pessoas, a tentar entender quem tinha ideias e espírito empreendedor mas não tinha hipótese de começar”, refere a fundadora da Primeiro Passo no site da associação.

Foi assim que descobriu que a associação moçambicana Reencontro, que presta apoio a crianças órfãs e vulneráveis, assim como a outros grupos desfavorecidos – mulheres viúvas e idosas, por exemplo -, e que conta com um espaço, onde são feitos trabalhos de costura, nomeadamente uniformes para escolas, precisava de ajuda.

“A única máquina de costura tinha-se estragado e deixaram de poder comprar mais tecido… simplesmente não tinham forma de gerar rendimento e continuavam a existir apenas por ajudas externas que aparecem ocasionalmente”, explica Pissara, acrescentando ainda que, depois de escrever a história no seu blog, conseguiu angariar dinheiro – aproximadamente 300 euros – para duas máquinas de costura, dois rolos de tecido para as calças, saias e camisas, linhas, entre outros materiais.

A partir daqui estava aberto o caminho para a Reencontro criar um pequeno Centro de Formação, onde se começou a ensinar a costurar e a fazer os uniformes de uma escola.

Consulte a Primeiro Passo no Facebook.

No início de Novembro deste ano, os resultados eram bem visíveis: a Reencontro já tinha conseguido gerar mais rendimento do que o que foi investido inicialmente.

“Com parte desse dinheiro apoiaram seis crianças órfãs, estudantes, na matrícula da 8ª classe; vão oferecer um almoço de Natal a 300 crianças (de Canhavane e Chimundo) e continuam a mobilizar Escolas para que adquiram o uniforme através da Reencontro. Estão também a negociar com a Escola Secundária do Chimundo a colocação de um banca de venda de uniformes escolares e aventais”, exemplificou Piçarra.

Para além deste projecto, a associação está ainda a desenvolver duas iniciativas: Projecto Pintos e o Projecto Porcos que contribuem para melhorar a alimentação da população.

Saiba mais sobre estes projectos.





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