Alterações climáticas aumentam “divórcios” entre albatrozes



Um estudo da Royal Society avança que as alterações climáticas e o aquecimento das águas estão a fazer aumentar o número de separações de casais desta espécie. Em condições normais, apenas um a três por cento dos albatrozes-de-sobrancelha – animais que habitam águas costeiras e vivem entre 50 a 60 anos, em média – se separam dos parceiros inicialmente escolhidos.

Nos últimos anos, o aquecimento incomum das temperaturas do mar tem coincidido com o aumento de aves que se separam: são agora oito por cento os casais de albatrozes a “divorciarem-se”. O estudo refere como as águas mais quentes fazem com que exista menos peixe, do qual os albatrozes se alimentam, tornando o ambiente mais adverso. Os cientistas acreditam que estas circunstâncias levam a que menos crias sobrevivam e a que as hormonas de stress dos albatrozes aumentem, tornando mais difícil manter relacionamentos estáveis. “Se não fizermos nada, eles vão extinguir-se”, explicou ao jornal The Guardian Graeme Elliot, cientista que estuda há três décadas os albatrozes na Nova Zelândia.

Os albatrozes são aves de grande porte pertencentes à família Diomedeidae, ordem Procellariiformes. São aves marinhas, extremamente adaptadas à vida em alto mar, sendo encontradas em terra somente na época de reprodução. A família possui atualmente cerca de 20 espécies conhecidas que são distribuídas em quatro géneros: Diomedea, Thalassarche, Phoebetria e Phoebastria. São aves monogâmicas e nidificam em ilhas oceânicas variando o período de acordo com a espécie, formando grandes colónias. O casal coloca os ovos em grandes ninhos feitos no chão e incubam-nos por um período que varia de uma a três semanas. Alimentam-se principalmente de peixes, crustáceos e cefalópodes (polvos e lulas).





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