Aumento do nível do mar será ameaça aos aeroportos
Quando o furacão Sandy atingiu Nova Iorque em Outubro de 2012, as águas da Flushing Bay foram derramadas sobre o Aeroporto LaGuardia, inundando mais de 2.130 metros de comprimento da pista este-oeste e danificando sistemas de navegação e iluminação.
Mas esta não foi a primeira vez que LaGuardia sofreu grandes inundações durante uma tempestade – nem será a última. Devido ao aumento do nível do mar, LaGuardia e outros aeroportos costeiros enfrentam um risco crescente de cheias.
Um projecto de avaliação dos impactos das mudanças climáticas, lançado em Janeiro deste ano, identificou 12 grandes aeroportos dos Estados Unidos como sendo particularmente vulneráveis aos riscos de inundação relacionados com o aumento do nível do mar. A previsão inclui os três principais aeroportos da área de Nova Iorque.
Durante o furacão Sandy, outros dois grandes aeroportos também sofreram inundações, embora em menor grau – o John F. Kennedy International Airport e o Newark International Airport. Como resultado, tiveram de se proceder a dezenas de milhares de cancelamentos de voos por todo o mundo.
Os aeroportos de alta capacidade na área de Nova Iorque podem ter sido os primeiros a ser atingidos, mas o furacão Sandy deve servir como um alerta para todos os outros pelo país – e pelo mundo.
Os estudos mostram que os aeroportos costeiros enfrentam um crescente perigo de impactos das tempestades, à medida que as águas sobem. Mais cheias causarão mais atrasos e cancelamentos – o que vale milhares de milhões de dólares em operações de limpeza e perda de receitas. Actualmente, o impacto dos atrasos de viagens aéreas ligados a questões climatéricas já custa mais de €3 mil milhões por ano, revela o Huffington Post.
O catastrófico panorama é este: durante as próximas décadas, quando se abater uma tempestade, muito provavelmente ela produzirá estragos sem precedentes.
Foto: Manipulada. Mas em 2100 poderá ser assim.