EUA: jovens adultos também não saem de casa dos pais



Portugal está longe de estar sozinho nas novas tendências demográficas. O mais recente censos dos Estados Unidos anunciou que este ano se formaram apenas 746 mil novas famílias – número muito abaixo da média de 1,1 milhões. A grande causa é a recessão económica que leva menos jovens a abandonarem a casa dos pais.

Normalmente, surgem 1,1 milhões de novas famílias a cada ano nos EUA, principalmente devido ao crescimento populacional. No entanto, entre o primeiro trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2011, apenas 450 mil novas famílias foram criadas anualmente. O crescimento mais lento de famílias traduz-se numa menor procura de habitação, pelo que a construção de casas caiu, durante este período, de uma média de 1,4 milhões por ano para menos de 600 mil.

Mais recentemente, revela o Atlantic Cities, apenas 521 mil famílias foram formadas entre o primeiro trimestre de 2012 e o primeiro trimestre de 2013.

Uma grande parte da desaceleração na formação de famílias deve-se aos jovens que vivem com os pais ou que optam por partilhar casa com colegas, em vez de ter uma casa própria. A amostra de jovens entre os 18 e os 34 anos a viverem com os pais aumentou de cerca de 27% antes da crise para acima dos 31% em 2013.

No que toca à emancipação, o emprego é fundamental. O censos mostra que 44% dos jovens entre os 18 aos 34 anos de idade sem emprego vivem com os pais, enquanto apenas 25% dos jovens da mesma idade com trabalho permanece no ninho. Mesmo assim, os jovens empregados estão hoje mais propensos a viver com os pais do que estavam antes da recessão.

A única boa notícia no meio deste cenário é que, quando os jovens conseguirem sair de casa, haverá uma enorme procura de habitação – especialmente para aluguer. Até lá, o sector da construção e da habitação sente fortemente o abalo destas novas tendências.





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