Empresa chinesa quer construir a “Nova Iorque de África” nos subúrbios de Joanesburgo
A Shangai Zendai, uma empresa sediada em Hong Kong, quer construir um novo centro financeiro em Modderfontein, um subúrbio de Jonaesburgo, e criar, assim, a “Nova Iorque de África”.
O objectivo é que este novo centro financeiro possa acolher as empresas chinesas que investem na região da África Sub-Sariana porque, apesar de Joanesburgo ser a sede de várias empresas que já investem no continente, a cidade já não tem espaço para responder à procura de escritórios e habitações.
“[O projecto] irá tornar-se na futura capital de toda a África”, afirmou o presidente da Shangai Zendai, Dai Zhikang, na conferência de impressa de apresentação do novo centro financeiro, refere a Bloomberg. “Este centro estará ao nível de cidades como Nova Iorque e Hong Kong”, acrescentou Zhikang.
O centro, que ainda não tem nome, inclui a construção de 35 mil habitações, um centro educacional e um estádio, nos cerca de 1.600 hectares que a Shangai Zendai adquiriu à AECI. O investimento, projectado para os próximos 15 anos, está estimado em €5,76 mil milhões (R$17,73 mil milhões).
O local adquirido para a construção está situada a cerca de 15 quilómetros a Sul de Santon, o centro financeiro de Joanesburgo, e à mesma distância do OR Tambo Internacional Airport, o maior aeroporto de África.
Actualmente, o local é utilizado por uma empresa de explosivos, fundada em 1896 para dar suporte à indústria mineira. No espaço está ainda localizada uma zona pantanal que, de acordo com a Shangai Zendai, vai ser protegia e poderá tornar-se no equivalente ao Central Park de Nova Iorque.
O investimento deverá criar 100 mil novos postos de trabalho para a maior economia de África, assim como habitação para outras 100 mil pessoas. A empresa revelou ainda que cerca de 70% do complexo habitacional será reservado a famílias de raça negra de classe média.