Investigadores desenvolvem piercing que permite controlar cadeiras de rodas
Um grupo de investigadores dos Estados Unidos desenvolveu um piercing que é colocado na língua de tetraplégicos e que lhes permite controlar as cadeiras de rodas.
Este piercing, que na verdade é um botão magnético e se assemelha a uma jóia, funciona como um joystick e confere mais mobilidade e independência às pessoas paralisadas. O novo sistema foi testado em 11 voluntários e, de acordo com os investigadores, os pacientes aprenderam rapidamente a utilizar o equipamento, que não só lhes permite conduzir a sua cadeira de rodas como também utilizar um computador.
“É realmente poderoso [o equipamento] porque é muito intuitivo”, disse John DiSanto, um dos voluntários, à Reuters.
O sistema de controlo da cadeira de rodas funciona através de um auricular que detecta a posição da língua quando o utilizador movimenta o botão magnético. O auricular envia a informação do movimento para um smartphone que o utilizador possui. Posteriormente, uma aplicação envia a informação para o controlo da cadeira de rodas.
Os investigadores escolheram desenvolver esta tecnologia em forma de piercing para a língua porque, segundo Maysam Ghovanloo, engenheiro biomédico que criou o sistema, é um aparelho que não causa obstrução é fácil de utilizar e flexível”. A maioria dos tetraplégicos consegue movimentar a língua, uma vez que é um movimento que não implica a contracção muscular.
O aparelho está já a trair a atenção de vários especialistas, que reiteram a necessidade de tecnologias mais assertivas, que permitam personalizar os cuidados para as pessoas com baixa mobilidade. “Para as pessoas que têm uma mobilidade muito limitada para controlar uma cadeira de rodas eléctrica não há muitas opções”, afirma Brad Dicianno, especialista em reabilitação do Centro Medico da Universidade de Universidade de Pittsburgh. “Este controlo com a língua promete ser algo de interessante”, acrescenta.
Os testes foram apenas realizados em laboratórios. Para que seja possível a comercialização do sistema é preciso testá-lo perante os obstáculos reais quotidianos.
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