Consumo de antidepressivos em Portugal aumentou 23% entre 2007 e 2011
De acordo com último relatório para a saúde – Health at a Glance 2013 – da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o consumo de antidepressivos nos países desenvolvidos aumentou cerca de 10% na última década.
Portugal não é excepção. Entre 2007 e 2011, o consumo deste tipo de medicamentos aumentou cerca de 23%. Em 2011, eram consumidas 78 doses diárias por mil habitantes, ao passo que em 2000 eram consumidas pouco mais de 35 doses diárias. Tal aumento coloca Portugal como o sexto país da OCDE que mais antidepressivos consome. Uma das explicações apontadas pela OCDE é a sensação de insegurança provocada pela crise financeira. À semelhança de Portugal, o consumo de antidepressivos também aumentou em Espanha, cerca de 23% entre 2007 e 2011.
Outra das explicações apontada pela organização para um maior consumo destes medicamentos prende-se com o aumento da consciencialização da depressão, o que tornou a prescrição de medicamentos para estes casos mais sociavelmente aceites, refere o Quartz.
Curiosamente, os países nórdicos, que são apontados como as nações mais felizes, são dos que apresentam um maior aumento do consumo de antidepressivos. A Islândia é o Estado-membro da organização onde o consumo de antidepressivos mais aumentou na última década. Em 2011, consumiam-se, em média, 106 doses diárias por mil habitantes. Em 2000, o consumo era de cerca de 65 doses diárias.
A Islândia, recorde-se, foi o primeiro país a ser fortemente atingido pela crise financeira, que levou à falência dos três principais bancos do país. Estima-se que entre 15% a 25% dos habitantes da Islândia sofram de depressão num determinado momento da vida.
A Austrália é o segundo país onde os habitantes mais consomem antidepressivos, seguida pelo Canadá, Dinamarca e Suécia. O país que consome menos antidepressivos é a Coreia do Sul.
Foto: Priscila justina / Creative Commons