Inglaterra: alunos canhotos forçados a trocar talheres



O pai de um aluno da Escola Primária de Kersey, perto de Ipswich, Inglaterra, apresentou uma denúncia formal sobre uma alegada prática de funcionários da escola que forçam os seus dois filhos, canhotos, a trocarem as facas e os garfos das mãos com que comem para as posições utilizadas pelos destros.

Este pai refere que os seus filhos são forçados a ignorar os seus instintos naturais pelos funcionários que supervisionam o refeitório, obrigando-os a segurar no garfo com a mão direita e na faca com a mão esquerda.

O pai das crianças referiu que os professores da escola alegaram que trocar os talheres para a posição dita correcta ajudou a melhorar a destreza e fazia parte da “educação pessoal, social e de saúde” das crianças, de acordo com a imprensa britânica.

Um inspector independente teve conhecimento da situação – e após ter conhecimento da queixa do pai – explicou que a prática da escola não tinha nada de incorrecto. O pai das crianças, que nunca quis ser identificado, recorreu da decisão, tendo pedido aos governadores da escola para analisarem as suas reivindicações.

A escola já admitiu ter encorajado os jovens a comer da “forma convencional”, mas negou o facto de ter exercido pressão.

“Esta situação parece-me ridícula” – explicou à impresa o fotógrafo Hesti Jordaan, de 29, cuja filha frequenta a mesma escola. “Acho que as crianças devem ser autorizadas a comer da maneira que consideram confortável, pois não existe nada de errado com as crianças canhotas”, continuou. “A minha filha mais nova vai começar a estudar aqui em Setembro e é canhota. Se lhe pedirem para trocar a faca e o garfo ou vou dizer para a deixarem comer à vontade”, acrescenta.

Um porta-voz da Escola Primária Kersey explicou que a equipa da escola nunca forçou as crianças a comerem de determinada maneira. “Incentivamos as crianças a usar talheres de maneira convencional mas, em última análise, é uma decisão deles e dos seus pais”, refere a escola, acrescentando que “esta queixa foi investigada de forma independentee que as políticas da escola foram seguidas.

A escola Primária de Kersey, de origem católica, tem 70 crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 11 anos.





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