ONU pede a chefes da Igreja para reforçarem esforços para reduzirem emissões de CO2



A secretária-executiva das Nações Unidas para as alterações climáticas, Christiana Figueres, pediu aos líderes religiosos que aumentem os seus esforços na redução de emissões de carbono, explicando que se está a esgotar o tempo para assegurarmos um acordo global para o problema em 2015.

Christiana Figueres abordou o tema num artigo publicado no The Guardian, onde sublinhou que existe um imperativo moral da transição para uma economia de baixo carbono e que é necessário um “amor tenaz” por acções ambiciosas.

“Muitas cidades progressivas, empresas e cidadãos preocupados estão a pedir aos seus Governos para chegarem a um novo acordo climático em 2015. É agora a altura de os grupos e instituições religiosas encontrarem a sua voz e encontrem o seu compasso moral num dos grandes assuntos humanitários dos nossos tempos”, explicou Figueres, que avançou que este acordo tem de ser colocado em prática em 2020.

A executiva reconheceu que alguns religiosos estavam já a parar de investir em activos ligados ao combustíveis fósseis, como acontece como os quakers, nos Estados Unidos, ou a congregação de Trindade-São Paulo, no Canadá. Outros grupos ecuménicos na Austrália e Estados Unidos também enviaram uma carta ao papa Francisco, afirmando ser “imoral” lucrarem com eles.

Na carta, Figueres liga as alterações climáticas à pobreza, referindo que este tema não é apenas ambiental, mas sim humanitário. “Sem controlo, o aumento das emissões de gases com efeito de estufa deverá aumentar o alto nível de sofrimento dos vulneráveis, dos marginalizados e, na verdade, das pessoas de todos os lugares”, explicou a responsável.

“A eliminação da pobreza, o cuidado com os doentes e os enfermos, a alimentação dos famintos apenas se tornará mais difícil em um mundo desafiado pelo clima”, afirmou.

Foto:  fusion-of-horizons / Creative Commons





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