País de Gales: alterações climáticas revelam uma Atlântida perdida



O mau tempo do último inverno causou vários estragos e inundações por todo o Reino Unido e muitos outros países europeus. Contudo, a intempérie revelou vestígios de comunidades humanas com cerca de 5.000 anos, que estavam protegidas pelo mar, na costa do País de Gales.

Estes vestígios na costa de Borth, nomeadamente acampamentos, florestas e trilhos, são conhecidos desde o início do século XX e eram parcialmente visíveis nas marés altas e baixas. Contudo, apenas a remoção de areia durante o mau tempo do inverno passado revelou pistas interessantes sobre as pessoas que ali viveram.

Uma vez que foi uma floresta, o local terá sido provavelmente engolido pelo mar em resultado do aquecimento global e as provas retiradas de lá podem ajudar a desvendar os mistérios das alterações climáticas. Como tal, os arqueólogos e outros investigadores têm trabalhado afincadamente para recolher o mais número de amostras do local antes que o mar volte a engolir a antiga floresta.

As lendas locais falam de Cantre’r Gwaelod, um reino florestal na costa galesa que foi consumido pelo mar nos tempos antigos. A floresta de Borth foi inundada há cerca de 5.000 anos, tendo as árvores morrido entre 4.500 e 6.000 mil anos, refere o Inhabitat. As estimativas indicam que o nível do mar terá aumentado cerca de 39,6 metros. No entanto, o evento terá sido traumático o suficiente para se transformar numa lenda – o suficiente para afectar a comunidade local no seu curto período de vida.

Os vestígios da floresta têm sido excepcionalmente bem conservados graças à camada protectora de turfa.





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