O consumo de guelras de manta na China (com FOTOS)
Em 2013, as mantas foram adicionadas à lista internacional de animais protegidos, cujo comércio internacional é regulado pela Convention on International Trade in Endangered Species. No entanto, este animal é bastante apreciado na China, onde as guelras da manta são secas e utilizadas na medicina tradicional para fabricar um tónico, que limpa as impurezas do organismo.
Como tal, os mercados onde se vendem guelras de manta proliferam pelas províncias chinesas e são os países asiáticos que se dedicam à pesca destes animais para posterior exportação para a China. Estima-se que 99% dos consumidores de guelras de manta sejam chineses e que um dos principais mercados deste produto fique localizado na província de Guangzhou.
“Guangzhou tem-se transformado rapidamente num centro para o comércio de guelras de manta e as nossas investigações revelam um aumento no consumo, um aumento para mais do dobro nos últimos três anos”, revela Peter Knights, director-executivo da WildAid, cita o Guardian.
Esta organização não-governamental lançou recentemente uma nova campanha para acabar com o consumo de guelras de manta na China.
Um local apreciado pelas mantas são as águas do Parque Nacional de Komodo, na Indonésia, devido às suas temperaturas amenas. Contudo, a pesca ilegal dos animais neste local tem proliferado e gera entre €3,4 milhões a €7,4 milhões anuais. Na Indonésia e no Sri Lanka, países que abastecem o mercado chinês, as populações de mantas diminuíram entre 56% a 86%.
As mantas podem atingir uma envergadura de 7 metros e viver durante 50 anos. Contudo, esta espécie reproduz-se muito lentamente, o que significa que a caça intensiva pode provocar a sua extinção. As fêmeas demoram entre oito a dez anos a atingir a maturidade sexual e apenas se reproduzem a cada dois ou cinco anos.
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