China: o impacto das minas de carvão na bacia do Rio Amarelo (com FOTOS)
Uma investigação da Greenpeace revelou que uma empresa de carvão chinesa está a operar minas ilegais a céu aberto nos prados alpinos do planalto de Qinghai, ameaçando um dos maiores rios do país, o Rio Amarelo.
São quatro as minas a céu aberto, no campo de carvão de Muli, que estão a ser operadas pela empresa privada Kingho Group. A extracção mineira está a ameaçar o frágil ecossistema no planalto do Tibete-Qinghai. O campo de extracção mineira é 14 vezes maior que a cidade de Londres. Duas das minas em exploração estão em sobreposição com uma zona natural protegida, o que as torna ilegais. Outras duas deverão expandir-se brevemente e vão entrar em conflito com as áreas protegidas.
O planalto do Tibete-Qinghai é a principal fonte dos rios Datong, Shule e Bua, importantes afluentes do Rio Amarelo, refere o Guardian. As fotos tiradas pela Greenpeace mostram os alpes verdes a tornarem-se em crateras cinzentas. A água proveniente do degelo dos glaciares das montanhas Qilian, uma zona protegida de 80 quilómetros quadrados contígua à zona de extracção mineira, atravessa a zona das minas até se juntar a um afluente do Rio Amarelo. Tal significa que no seu percurso arrasta todos os poluentes que resultam da extracção mineira, contaminando posteriormente o grande ecossistema do segundo maior curso de água chinês.
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