Bart Becht deixa Reckitt Benckiser em Agosto. Teremos filantropo a tempo inteiro?



Em 2008, Bart Becht, o CEO da Reckitt Benckiser, doou 125 milhões de euros em acções da multinacional britânica para várias organizações de solidariedade e inclusão social, onde se incluiam a Save the Children e a Médicos Sem Fronteiras.

Quando se soube deste donativo, passado um ano, a notícia passou despercebida. Afinal, Becht é conhecido – também – pela filantropia.

Esta semana, o CEO da Reckitt Benckiser, de 54 anos, anunciou que iria deixar a liderança da multinacional de produtos de limpeza – e não iria aceitar nenhum outro cargo a full time – e soaram as campainhas. Será que teremos um filantropo a tempo inteiro?

Recorde aqui o nosso texto sobre como a filantropia está a mudar em todo o mundo.

De acordo com uma investigação do Green Saveres, e tendo em conta este artigo do site This Is Money, Becht é um filantropo frequente.

Enquanto CEO da Reckitt Benckinser, Becht liderou o apoio da multinacional à Save The Children. A Reckitt tornando-se na principal patrocinadora da instituição, através da angariação de fundos em torneios de futebol, bónus empresariais ou, simplesmente, na participação dos colabodaores da multinacional em maratonas.

Becht foi ainda um dos primeiros CEO globais a assumir compromissos sustentáveis. Em 2007, quando ainda estávamos na pré-história da sustentabilidade empresarial, o gestor holandês colocou o objectivo de reduzir as emissões de CO2 de todo o grupo, em 20%, até 2020.

O executivo foi também um dos primeiros – e grandes – adeptos da videoconferência, para reduzir as emissões de CO2 nas viagens de avião.

Recorde também a importância da videoconferência para o combate às alterações climáticas.

“[A sustentabilidade] não é apenas algo que devemos fazer pela sociedade, mas também pelo negócio. Cada vez mais consumidores querem, genuinamente, fazer algo sobre as alterações climáticas e vão escolher o produto que o permitir fazer”, explicou há vários anos.

A sua liderança na Reckitt Benckiser ficou também marcada por uma obsessão pela redução dos custos, pela constante – quase frenética – procura pela inovação e grande investimento em marketing para promover as suas principais marcas. Será que este know how será utilizado, a curto prazo, em alguma ONG ou organização de solidariedade social e inclusão global?





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