Humanos não provocaram extinção do mastodonte



Há muito que se admitia que o ser humano teria levado o mastodonte, um antepassado do elefante, à extinção, mas uma nova investigação publicada no Proceedings of the National Academy of Sciences sugere que o animal desapareceu vários milénios antes da colonização humana do continente norte-americano, há 13 ou 14 mil anos.

O estudo foi apoiado por resultados de datação por radiocarbono, mas não consegue encontrar uma razão pela qual o mastodonte se extinguiu. Ainda assim, sugere que a mudança do habitat da floresta para a tundra poderá ajudado. É que, até aqui, julgava-se que os mastodontes teriam vivido no Árctico e Subárctico, mas os cientistas acreditam hoje que eles preferiam habitats de florestas e zonas húmidas, com folhas abundantes.

Ou seja, as regiões árcticas e subárcticas foram apenas habitats temporários para os animais, quando o clima era mais quente. Quando o habitat mudou das florestas para a tundra, há 75.000 anos, o animal extinguiu-se nesta região.

Mais tarde, eles ficaram limitados às áreas sul do continente gelado, onde acabaram por se extinguir totalmente 10.000 anos antes de o primeiro humano passar o estreito de Bering.

“Há décadas que os cientistas tentam descodificar o porquê de 70 espécies de mamíferos terem desaparecido da América do Norte há 10.000 anos. Terá sido resultado de caça excessiva ou o rápido aquecimento do pós-Idade do Gelo?”, explicou Ross MacPhee, curador do Departamento de Mamalogia do American Museum of Natural History. Agora, eles podem retirar o mastodonte da lista deste mistério.

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