Nem todas as espécies não nativas são prejudiciais, dizem cientistas



Para um grupo de 19 reconhecidos cientistas, que publicou recentemente um artigo na secção de comentários da revista Nature, e citado pelo Science Daily, nem todas as espécies introduzidas num determinado ecossistema são “más”, assim como nem todas as espécies nativas têm uma acção benéfica.

O documento explica que  “determinar se uma dada espécie pertence a um determinado local é mais complicado do que saber como e quando chegou”, e os investigadores defendem que a dicotomia espécies nativas – espécies introduzidas faz cada vez menos sentido, tendo em conta os impactos causados pela Humanidade no ambiente.

Os especialistas devem concentrar-se nos efeitos e impactos de cada espécie, ao invés de se focarem na sua origem. Uma espécie de árvore que foi introduzida nas florestas de pinheiros da América do Norte é dada como exemplo, uma vez que, apesar de ser considerada uma praga e espécie invasora, controla a erosão, e disponibiliza locais de nidificação para certas aves, uma das quais ameaçada. Por outro lado, um besouro nativo está a minar o mesmo local.

Segundo Mathew Shew e Julie Stromberg, dois dos responsáveis pelo artigo, o estudo sobre espécies introduzidas é enviesado, sendo evidente um preconceito instalado contra as espécies não nativas.





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