Quais os recifes de coral que podem sobreviver ao aquecimento global?



Os cientistas identificaram recentemente quais as partes da Grande Barreira de Coral e de outros corais que vão conseguir recuperar de eventos de branqueamento em massa, que futuramente vão ser mais frequentes devido ao aquecimento global.

Estudos anteriores indicam que os recifes de coral, tal como existem actualmente, vão ser largamente dizimados a longo-prazo pelas alterações climáticas, mas o novo estudo elaborado por cientistas australianos indica que algumas destas estruturas podem ser mais resilientes do que se pensava.

Os corais do norte do Pacífico, incluindo os das Ilhas Marshall e do Havai, atravessam actualmente um período de branqueamento, que os peritos indicam que pode ter uma escala semelhante ao branqueamento histórico de 1998, que viu perecer grande parte dos corais do planeta.

Nicholas Graham, autor principal do estudo – publicado na conceituada revista Nature – analisou para os impactos do branqueamento de 1998 nos corais das Seychelles e descobriu que 12 dos 21 locais afectados conseguiram recuperar e são saudáveis hoje em dia. Através da análise de dois de 11 factores – a profundidade a complexidade estrutural do coral – a equipa de investigação conseguiu recorrer a modelos computacionais e indicar correctamente 98% das vezes se um coral iria recuperar do branqueamento ou não. Os corais com uma estrutura física mais complexa e maior profundidade tinham maiores probabilidades de recuperar.

“Se as emissões continuarem ao ritmo actual, o futuro a longo-prazo será negro, mesmo para os corais que estão a recuperar actualmente, porque as projecções são para que o branqueamento dos corais se torne cada vez mais frequente”, afirma Nicholas Graham, cita o Guardian.

As conclusões do estudo indicam que partes da Grande Barreira de Coral, que ainda são relativamente primitivas – no norte e mais afastadas da costa -, são as que têm maiores probabilidade de recuperar dos eventos de branqueamento que serão provocados pelo aquecimento global.

Foto: Cairns College of English / Creative Commons





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