A fantástica vida selvagem do Pantanal (com FOTOS)
Ontem comemorou-se o Dia Mundial do Pântano, que foi criado com o objectivo de consciencializar para este tipo de ecossistemas. De acordo com a UNESCO, cerca de 64% dos pântanos do mundo desapareceram desde 1900.
Uma destas áreas que ainda subsiste é o Pantanal, o maior pântano do mundo. Ocupando cerca de 140.000 quilómetros quadrados de território que se distribui pelo Brasil, Bolívia e Paraguai, o Pantanal está considerado como Património Natural da Humanidade pela UNESCO.
O Complexo do Pantanal, ou simplesmente o Pantanal – como é conhecido localmente -, é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica que está maioritariamente alagada. Essencialmente, o Pantanal é uma grande bacia que recebe as águas das terras do Planalto e as escoa através do Rio Paraguai e seus afluentes.
A zona do Pantanal é o resultado de uma depressão côncava pré-andina da crosta terreste, relacionada com a orogenia andina do Período Terciário.
Cerca de 80% das planícies do Pantanal ficam alagadas durante as estações chuvosas, alimentando uma surpreendente diversidade de plantas aquáticas e animais. Estima-se que o ecossistema do Pantanal albergue 1.000 espécies de aves, 400 espécies de peixes, 300 espécies de mamíferos, 480 espécies de répteis e mais de 9.000 subespécies diferentes de invertebrados.
Entre os animais mais raros que habitam o Pantanal estão o cervo-do-pantanal e a lontra-gigante, que habita principalmente o Rio Amazonas e o Pantanal. Mas o ecossistema alberga outras espécies igualmente ameaçadas como a arara-azul, a águia-cinzenta, o lobo-vermelho (o maior canídeo da América do Sul), o cachorro-do-mato, o tapir e o papa-formigas-gigante.
Das espécies mais comuns destacam-se as capivaras – com uma larga população – e o jacaré-do-pantanal – estima-se que existam 10 milhões a viver no Pantanal. O ecossistema alberga ainda uma das maiores e mais saudáveis populações de jaguares do planeta.
Apesar da riqueza da sua biodiversidade, nem todas as áreas do Pantanal estão protegidas de acordo com a World Wide Fund for Nature. Vários locais da região, nomeadamente os mais acessíveis estão ameaçados pela exploração animal, extracção mineira ilegal, abate de árvores e construção.
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Foto: tickspics / Creative Commons