China precisa de diminuir poluição para metade para registar melhorias ambientais
Para registar melhorias ambientais e, consequentemente, da qualidade do ar, a China tem de reduzir a poluição pelo menos para metade. O dado é avançado pelo próprio Governo chinês que reconhece a necessidade de aprofundar os esforços para travar a poluição.
Segundo escreve a Reuters, a indicação foi dada pelo vice-ministro da Protecção Ambiental, Zhai Quing, que numa conferência revelou que a poluição foi reduzida em “poucos pontos percentuais” desde 2006. “Segundo avaliações de peritos, as emissões têm de ser reduzidas entre 30 a 50% abaixo dos níveis actuais de poluição para que se verifiquem melhorias significativas na qualidade ambiental”, indicou o vice-ministro.
No último ano, a China declarou guerra à poluição e implementou várias medidas para fazer frente às emissões de gases com efeito de estufa. As doenças cardiovasculares e respiratórias causadas pela poluição atmosférica são já as principais causas de morte no país. Mas a poluição atmosférica não é o único problema dos chineses pois a poluição atingiu já a água.
Durante décadas a China favoreceu o crescimento económico em detrimento da protecção ambiental. Estima-se que 40% dos rios da China tenham uma qualidade de água de “imprópria para consumo humano”, de acordo com a World Wide Fund for Nature. Adicionalmente, “a desertificação afecta já 30% do território chinês” e todos os anos o problema é agravado em cerca de 2.460 quilómetros quadrados.
De acordo com a União Europeia, a China produz uma nova central eléctrica de carvão todas as semanas e será o maior emissor de dióxido de carbono em 2030.
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