Dia Internacional sem Sacos de Plástico assinala-se hoje



No sentido de alertar a sociedade para a necessidade de reduzir o consumo e utilização excessiva de sacos de plástico descartáveis, assinala-se este domingo, pela segunda vez, o Dia Internacional sem Sacos de Plástico, promovido pela Fundação Privada Catalã para a Prevenção de Resíduos e Consumo Sustentável.

Em comunicado de imprensa, a Quercus aproveita a efeméride para reforçar a importância de se definir uma estratégia para reduzir a distribuição gratuita de sacos e promover a sua reutilização, argumentando que é isto que se tem vindo a fazer noutros países. A organização ambiental apela ao novo Governo para legislar sobre esta matéria, depois de já terem sido apresentadas várias propostas de lei na Assembleia da República com este mesmo propósito, sendo que a Agência Portuguesa do Ambiente tem mostrado sensibilidade para esta temática.

Cada cidadão europeu consome cerca de 500 sacos plástico por ano, que acabam, na maioria das vezes, no lixo, após uma única utilização, ou, pior ainda, são libertados no ambiente, causando, entre outros graves problemas, 80% da poluição marinha, onde são confundidos com alimento e ingeridos por tartarugas e aves, entrando directamente na cadeia alimentar. Pelo facto dos sacos serem oferecidos, os consumidores têm tendência a não lhe atribuir qualquer valor, pelo que não os reutilizam ou reciclam.

Numa tentativa de encontrar solução para este problema, a Comissão Europeia está a realizar uma consulta pública online, que decorre até ao próximo dia 9 de Agosto, onde coloca várias questões aos cidadãos, nomeadamente se o pagamento e a tributação dos sacos de plástico seriam opções eficazes ou se seriam preferíveis alternativas mais drásticas, como, por exemplo, a sua total proibição na União Europeia. A Quercus apela à ampla participação nesta consulta.

Compostos por resinas tóxicas derivadas do petróleo, os sacos de plástico levam, em média, 500 anos a decompor-se. Embora possam ser separados para reciclagem, apenas uma ínfima parte chega a este fim – estima-se que menos de 2%. Outro “problema” é a reutilização dos sacos para acondicionar o lixo orgânico. É uma nova função quase inevitável para os sacos que trazemos do supermercado ou até mesmo para os que compramos especificamente com esse fim e, por esse motivo, fala-se já nos sacos biodegradáveis.





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