Moradores do Bairro Alto sem respostas da Câmara



A Lei do Ruído não é cumprida no Bairro Alto e, mesmo depois dos bares fecharem, algumas pessoas permanecem nas ruas a beber e a partir garrafas. Além disso, de manhã, as ruas estão cheias de lixo. Estas foram algumas das queixas que a Associação de Moradores do Bairro Alto (AMBA) repetiu em reunião com a Câmara Municipal de Lisboa, mas o executivo, presente na totalidade e liderado por António Costa, foi parco nas respostas.

Os 20 munícipes, representantes de associações de moradores e entidades da capital, apresentaram críticas mas também sugestões às autoridades, para resolverem os problemas com que se debatem quase de forma diária. A autarquia devia espalhar mais recipientes para o lixo por aquele que é conhecido como o bairro da diversão nocturna, devia haver mais controlo dos espaços ilegais e os estabelecimentos deveriam ser obrigados a limpar o seu espaço e zona fronteira, pediram os moradores, acrescentando que devia haver mais segurança e mais lugares de estacionamento.

A Câmara ficou de estudar as situações apresentadas, o que significa que grande parte dos problemas não será resolvido a curto prazo. Além disso, apesar de, na opinião da AMBA, ter boas intenções, António Costa referiu que o fenómeno do “botello” existe e será sempre difícil de acabar com ele, mesmo com fiscalização. A “tradição” começou em Espanha, mas alargou-se a outros países, com os jovens a abastecerem-se de garrafas de bebibas alcoólicas em supermercados e pequenas mercearias, que ficam abertos até mais tarde e vendem os produtos a preços muito mais baixos que os bares. Assim, as multidões circulam com grandes garrafas nas mãos, que acabam partidas no chão, nas ombreiras das portas e janelas ou simplesmente são usadas para agredir outras pessoas quando o ambiente fica mais fervilhante.

Criada por uma comissão instaladora no passado dia 17 de Novembro, a AMBA pretende representar os moradores no seu relacionamento com as autoridades (Câmara Municipal, Junta de Freguesia, EMEL, PSP, outras) no sentido de defender um mínimo de segurança, de paz, de respeito e de atenção pelos direitos fundamentais de quem habita o Bairro Alto, esclarece ainda a associação em comunicado de imprensa.





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