Reino Unido: custo da energia vai levar indústria da alimentação a despedir e deslocalizar



O custo da EMR (Reforma do Mercado da Electricidade) na factura dos grandes consumidores de energia, já a partir de Abril, vai levar 26% das empresas ligadas a produtos alimentares e bebidas a despedirem trabalhadores e outras 16% a deslocalizarem a sua produção, de acordo com o Edie.

A EMR é uma das respostas do Governo inglês à transição para uma economia de baixo carbono, mas as novas regras estão a levar as empresas grandes consumidoras de energia ao desespero, ainda que os aumentos sejam, para já, mínimos para empresas com esta dimensão – €0,5/MWh. Até 2020, porém, o aumento chegará a 10% da factura de electricidade.

Segundo o responsável pela política de energia e alterações climáticas da Food and Drink Federation, Stephen Reeson, a indústria está cada vez mais preocupada com as facturas de energia. “Quem sentirá o impacto [disto] são os consumidores, caso as empresas não consigam absorver os custos. Mas o aumento dos preços da energia irá também impactar a capacidade do nosso sector em financiar as tecnologias de baixo carbono e exportações para o mercado global”, revelou.

Outra das consequências é a deslocalização de empresas para outros países: “Podemos perder negócios viáveis e produtivos mas também os objectivos para reduzirmos as emissões de carbono”, avançou Wayne Mitchell, director de mercados e inovação da Npower Business Solutions.

Foto: AJ Batac / Creative Commons





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