Riscos hídricos custam milhares de milhões por ano



As cheias, secas, alterações climáticas e falta de investimento em infra-estruturas seguras de abastecimento de água custam milhares de milhões de dólares à economia global todos os anos. Esta é uma das conclusões de um relatório da Universidade de Oxford sobre riscos hídricos, apresentado durante o Fórum Mundial da Água, que decorreu durante esta semana em Daegu e Gyeongbuk, na Coreia do Sul.

Analisando vários fenómenos que interferem com o fornecimento de água potável, o estudo reforça que os países cuja economia depende intensamente da agricultura são os mais afectados pelos diferentes fenómenos climáticos.

De acordo com o estudo, o sudeste asiático é a região mundial que concentra os maiores riscos relacionados com a água. No caso das cheias, o este e sudeste asiático enfrentam riscos crescentes, embora os Estados Unidos tenham os maiores níveis de exposição ao fenómeno. Por sua vez, a África subsariana é a única região do globo onde os riscos de água-não portável estão a subir. Mas é o norte de África que apresenta a maior percentagem de população em risco de escassez de água.

“A água é produtiva mas também pode ser destrutiva. Medidas eficazes para alcançar a segurança hídrica incluem uma combinação de investimentos em informação, instituições e infra-estruturas”, afirma David Grey, professor em Oxford e um dos autores do estudo, cita a Bloomberg.

O relatório, intitulado “Securing Water, Sustaining Growth”, é divulgado numa altura em que várias regiões mundiais sofrem com as incertezas hídricas. Várias cidades californianas estão sob restrição do uso de água devido à seca história que se prolonga por vários anos. No Chile, a região de Atacama sofreu recentemente a inundação mais severa dos últimos 80 anos e no Brasil, São Paulo enfrenta a pior seca das últimas oito décadas.

Foto: mmenzi / Creative Commons





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