A engenheira florestal que transforma os móveis dos nossos avós em objectos contemporâneos (com VÍDEO)
Quando herdou várias peças de mobiliário da sua avó, Paula Jorge decidiu restaurá-las e colocá-las na sua própria casa. Na altura, percebeu que tinha de alargar os seus conhecimentos na matéria, e procurou um curso para o fazer.
Os sucessivos sucessos de restauro levaram-na depois, em 2009, a lançar o projecto Oficina do Lixo, que restaura mobiliário num pequeno anexo da sua casa, no Estoril. A exemplo, de resto, do que já lhe falámos no primeiro episódio do Economia Verde, com a marca Once Upon a Trash ou no episódio 217, com a Catraia.
“As peças vêm, maioritariamente, do lixo. Recolho-as junto aos contentores. No entanto, nos últimos anos tenho notado que as pessoas deixam menos coisas junto ao lixo, tenho dificuldade em encontrá-las”, explicou Paula Jorge ao Economia Verde.
Esta engenheira florestal decidiu então virar-se também para o negócio das velharias e do recheio de casas, que lhe permite matérias-primas para trabalhar. Para além de restauro de mobiliário, Paula transforma outras peças antigas em novos produtos – há gavetões de roupeiro transformados em armários de televisão, ou portas que agora são biombos. Para alargar as suas competências, a Oficina do Lixo fez parcerias com um carpinteiro, um vidraceiro e um estofador.
“Faço muitas mesas de cabeceira e cadeiras. Também vendo mesas de centro, armários de casa de banho, armários de cozinha, baús ou malas”, continuou Paula Jorge. Outro dos serviços é pedido pelos clientes que querem recuperar mobiliário antigo. Alguns dos negócios fazem-se no blog e página de Facebook da Oficina do Lixo, mas é sobretudo nas feiras que a marca tem conquistado mais interessados.
A Oficina do Lixo vende entre duas a três peças por mês. “Existe a necessidade de contenção de dispêndio de dinheiro, e do reaproveitamento das peças que temos em casa, que passaram da avó para a mãe, e que têm uma história. Há quem queira dar uma continuidade a essa história ou torna-la contemporânea”, explicou. Veja tudo no mais recente episódio do Economia Verde.