A equipa do PELAGO20 já regressou a Portugal
A pesca da sardinha é uma tradição em Portugal, e desde 2015 tem sido feito um grande esforço, juntamente com Espanha, na medida de preservar esta espécie e gerir sustentavelmente a sua recuperação, impondo limites à sua captura de acordo com os pareceres científicos.
No passado dia 27 de março terminou a campanha PELAGO20, que estudou a abundância dos peixes pelágicos na costa continental portuguesa, mais propriamente a recuperação do stock da sardinha e a potenciação da sustentabilidade da pesca do cerco. A equipa técnico-científica do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) esteve a bordo do navio de investigação espanhol Miguel de Oliver e contou com a colaboração do Ministério do Mar de Portugal e da Secretaria General de Pesca de Espanha.
O relatório do ICES (Conselho Internacional para a Exploração do Mar) revela que as medidas impostas pelos dois países estão a ter sucesso, pelo que entre 2015 e 2019 se deu uma recuperação de 52% da biomassa da sardinha com 1 ou mais anos de idade, confirmando um total de 179,4 mil toneladas.
A pesca da sardinha em Portugal começa por norma em junho, e é atualmente pedido um aumento além das 4.142 toneladas recomendadas para 2020 pelo ICES, perante a eficaz recuperação da espécie.