“A garrafa perdida”: Aveleda lança primeiro “escape garden” do mundo numa quinta de vinhos



A marca Aveleda lança dia 23 em Penafiel aquele que anuncia como “o primeiro ‘escape garden’ do mundo no exterior de uma quinta de vinhos”, propondo-se com esse jogo de fuga ajudar a recuperar o nível de visitantes pré-pandemia.

Segundo adiantou hoje à Lusa a empresa com sede nesse concelho do distrito do Porto e com propriedades também no Douro, na Bairrada e no Algarve, em causa está o formato de atividade turística que nos últimos anos se afirmou em diversos países ao envolver participantes individuais ou equipas em mistérios a solucionar num determinado período de tempo, mediante a interpretação de pistas disponibilizadas pelos promotores do projeto.

“Na Aveleda, a missão dos participantes será descobrir em 60 minutos uma garrafa perdida no nosso jardim, com recurso a pistas relacionadas com temas como a história da quinta, a família que lhe deu origem e os vinhos que aqui se produzem”, explica Paula Sousa, diretora de enoturismo da empresa.

Essa responsável reconhece que atualmente “há um bom número de salas de fuga ativas em Portugal e no resto do mundo”, mas afirma que, a avaliar pela pesquisa desenvolvida pela marca portuguesa, “nenhuma proposta tem esta combinação de contacto entre jardins e o universo vínico, ao ar livre”.

O projeto resulta da estratégia da Aveleda para recuperar dos efeitos negativos da pandemia de covid-19, considerando que em 2019 a quinta de Penafiel recebeu cerca de 70.000 visitantes nos seus programas turísticos e loja física, e que, em 2020, devido às restrições sanitárias, essa procura diminuiu para “cerca de metade”.

“Partindo da história da própria marca e de como essa iniciou a produção de vinhos em 1870, concebemos um jogo que, além de constituir uma forma inovadora e dinâmica de dar a conhecer a Aveleda e a própria região dos vinhos verdes, é sobretudo uma nova atração para clientes que queiram continuar a usufruir da vida sem prescindir de ambientes controlados e seguros”, declara Paula Sousa.

Ao preço individual de 12,5 euros, a experiência está disponível para grupos com um mínimo de quatro pessoas e um máximo de oito. Esses participantes podem jogar como uma unidade só ou competir em duas equipas, sendo que o objetivo comum é descobrir uma garrafa com 150 anos entre os oito hectares de jardins e outros recantos exteriores da propriedade.

Funcionando durante todo o ano, esse “escape garden” também está operacional em Inglês e pode ser requisitado por entidades coletivas como instituições sociais, organizações culturais e empresas, no contexto de programas de lazer ou atividades de “team building”.

A nova proposta da Aveleda surge no seguimento de várias outras ações criadas para manter e gerar nova procura na quinta de Penafiel durante a pandemia, como aconteceu com roteiros botânicos, visitas virtuais aos jardins, piqueniques, etc.

Concretamente quanto à produção de vinhos, esse segmento da marca não se ressentiu dos efeitos da covid-19 como o seu enoturismo: em 2019, o volume de negócios da Aveleda foi de 38 milhões de euros, o que representou uma produção de 19 milhões de garrafas, e em 2020 a faturação subiu para os 40,5 milhões, com vendas de 20 milhões de rótulos.

Na distribuição desse produto, a principal alteração foi uma quebra no consumo português: se em 2019 o mercado nacional absorvia 32% dos vinhos da marca, em 2020 o território ficou-se pelos 27%.

Em contrapartida, o mercado externo ganhou mais força, evoluindo de 68% para 73% graças a encomendas que continuaram a ter origem sobretudo nos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido e países nórdicos.

As expectativas de Paula Sousa quanto ao desempenho de 2021 são que, no contexto dos vinhos Aveleda, “as vendas continuem a crescer” e que, no âmbito do turismo na quinta de Penafiel, “o ano possa fechar com um número próximo dos 50.000 visitantes”.





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